Não seria exagero dizer: a Fórmula-1 toda corre novamente contra um alemão, a exemplo dos anos de domínio de Michael Schumacher, definitivamente aposentado em 2012. Com apenas 25 anos, três títulos seguidos, 26 vitórias e em curva ascendente na carreira, Sebastian Vettel é o homem a ser derrotado, ainda mais depois dos bons treinos preparatórios do carro da Red Bull na pré-temporada e nos primeiros movimentos do GP da Austrália, previsto para as 3h (horário de Brasília) da madrugada de domingo.
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ESPECIAL: os circuitos, carros e pilotos da temporada 2013
Candidatos para a missão virtualmente impossível não faltam. O mais destacado é Fernando Alonso. Tão logo perdeu o campeonato no ano passado, o espanhol exigiu rápida reação dos homens responsáveis pelo projeto da Ferrari 2013. E foi incisivo:
– Devemos fazer o carro nos limites das regras, como ele faz (se referindo ao trabalho do engenheiro Adrian Newey na Red Bull).
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A lista de oponentes de Vettel continua com a Lotus e o finlandês Kimi Raikkonen, terceiro colocado em 2012. Afastado por duas temporadas da principal categoria do automobilismo, o campeão de 2007, pela Ferrari, retornou em ótima forma. Nos testes de desenvolvimento, em fevereiro, o novo carro da Lotus mostrou evolução.
Após seis campeonatos a bordo da McLaren, Lewis Hamilton estreia na Mercedes no lugar de Schumacher. Se a equipe alemã não der um equipamento à altura das ambições do inglês, Vettel não precisa se preocupar com os carros prateados. Caso contrário, o campeão de 2008 voltará a ser um dos protagonistas.
Incógnita da pré-temporada, a sempre gigante McLaren depende de Jenson Button, elevado ao posto de estrela solitária da equipe. Mas ele só terá motivação se tiver um carro competitivo. A falta de uma concorrência forte dentro do time também pode afetar o rendimento do inglês. O mexicano Sergio Perez não tem talento para estar na escuderia.
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A temporada de Massa é imprevisível
Outro ponto de interrogação da temporada está no que Felipe Massa pode fazer naquele que deve ser seu último ano de Ferrari. Para mudar esse destino, o brasileiro terá de mostrar um desempenho consistente, ao menos, para ajudar o companheiro Fernando Alonso na batalha contra Sebastian Vettel. Com a retirada de Bruno Senna e a dispensa de Luiz Razzia da Marussia antes do início do Mundial, o Brasil terá apenas um piloto no grid de largada. Isso não ocorre desde 1971, quando Emerson Fittipaldi defendia sozinho as cores do país.
Tecnicamente, os modelos do Mundial de 2013 têm poucas mudanças em comparação ao ano passado. As maiores alterações estão previstas para 2014, especialmente com o retorno do motor turbo, longe da F-1 desde o primeiro título de Ayrton Senna, em 1988, com a imbatível McLaren empurrada pelo propulsor Honda. Será a alteração mais radical dos últimos anos.