Presidente da Federação Catarinense de Tênis (FCT), Rafael Westrupp, 32 anos, é o diretor técnico do Brasil Tennis Cup, que marca o retorno do circuito da WTA ao Brasil após 12 anos. Além de comandar uma equipe técnica formada por 96 pessoas durante o evento, foi dele a missão de convidar e acertar as tratativas para a vinda de Venus Williams, ex-número 1 do mundo e atual número 23 do ranking, para ser a principal atração do torneio em Florianópolis, que acontece entre os dias 24 de fevereiro e 3 de março, nas quadras da FCT.

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Diário Catarinense – Qual a importância do torneio que será disputado em Florianópolis?

Rafael Westrup – Ele é equivalente ao ATP 250 do circuito masculino, como este torneio (Brasil Open de Tênis) que está sendo disputado em São Paulo com a presença do Rafael Nadal. O WTA Florianópolis vai acontecer após o torneio de Dubai, que distribui mais de 1 milhão de dólares em premiação, e na semana anterior a realização do tradicional torneio de Indian Wells, na Califórnia. Tem premiação de US$ 235mil, U$ 15 mil a mais do que torneio de Marbella (Espanha) que substituímos.

Diário Catarinense – Por isso a opção de realizar um torneio com quadra de piso duro e portanto rápido ao invés do saibro?

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Westrupp – Exato. As nossas quadras (em fase de montagem) terão a mesma composição das quadras do Australian Open, de Indian Wells e do US Open. Isso fortalece o torneio tecnicamente. Na semana de realização do nosso torneio, a WTA tem outras duas competições. Um deles é em Acapulco, no México, no saibro, piso lento, que não atrai as principais tenistas, pois elas vem de torneios em quadras rápida. O outro é em Kuala Lumpur, na Malásia, em quadra rápida. Mas muitas delas preferem estar aqui porque terão que lidar com um fuso horário de apenas menos três horas em relação a Califórnia, onde acontece Indian Wells nas duas semanas seguintes.

Diário Catarinense – Como você chegaram ao nome da Venus Williams para disputar o torneio?

Westrupp – Nossa intenção inicial era trazer uma tenista entre as 10 primeiras do ranking. Chegamos a manter contatos com a Samanta Stosur (australiana, atual número 9) e a Caroline Wozniacki (dinamarquesa, ex-número 1 e atual 11ª do ranking), mas a logística se tornou difícil. E a Venus não joga Indian Wells há alguns anos por desentendimentos com a organização do torneio, o que facilitou a vinda dela. O nome dela é muito forte. A gente percebe que acertou porque todo mundo está comentando.

Diário Catarinense – Qual a participação de Gustavo Kuerten para trazer Venus Williams?

Westrupp – Foi fundamental, porque apesar de ser um torneio com o envolvimento da Federação Catarinense de Tênis e da Confederação Brasileira, o Brasil estava há 12 anos sem sediar um torneio do circuito. Então tem toda uma questão de credibilidade por trás das negociações para trazer as melhores tenistas. Sou amigo do Guga, falei com ele e fui prontamente atendido. Copiei ele no e-mail que enviei ao empresário e depois ele trocou mensagens com eles para avalizar o evento, o trabalho da Federação, e as coisas andaram.

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