Apesar de ainda não ter completado um ciclo e de não ter sido testado oficialmente, o ensino médio integral em tempo integral (Emiti) apresenta resultados preliminares positivos nas 30 escolas escolhidas pelo Ministério da Educação com intermédio da Secretaria de Estado da Educação (SED) para dar início ao projeto-piloto de jornada ampliada em Santa Catarina, sendo 13 no ano passado e 17 em 2018. Essa é a percepção unânime da direção de todas as unidades ouvidas pelo Diário Catarinense, que relatam mudança na postura dos alunos, diminuição da reprovação escolar, além de adesão dos professores ao modelo de ensino que possibilita dedicação exclusiva e planejamento coletivo das atividades a cada semana. Há, contudo, um entrave que ameaça a qualidade do programa, que envolve cerca de 3,4 mil alunos em SC, apoiado pelos institutos Ayrton Senna e Natura: a falta de infraestrutura básica no ambiente escolar.

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Sem rede ou com velocidade insuficiente, a internet lidera entre os obstáculos enfrentados pelas escolas. Pelo menos 25 relataram problemas com a conexão, que é considerada essencial para encaminhamento previsto nas apostilas. Faltam laboratórios em 20 unidades escolares, não há equipamentos multimídia em outras 11, os espaços de convivência e de descanso não existem em oito escolas e aparelhos de ar condicionado são demandados em seis instituições de ensino.

Escola do Estado com maior número de alunos matriculados no Emiti, a EEB Ivo Silveira, em Palhoça, é uma das mais prejudicadas. Na segunda quinzena de março, mais de 300 estudantes organizaram um protesto para cobrar melhorias que vão desde o cardápio da alimentação fornecida, passam pela ausência de laboratórios, espaços de convivência e descanso e vão até a falta de equipamentos multimídia e de internet. Lucas Pereira, que frequenta o 2º ano do ensino médio integral, conta que as reclamações começaram ainda em 2017, mas as 12 turmas só resolveram manifestar-se agora porque esperavam que as situações fossem resolvidas pela SED na retomada do ano letivo.

— Os materiais, de apostilas até bola de futebol, faltam desde o ano passado. Já encontraram larvas na comida, que também é pouca para as quase 10 horas que a gente passa na escola. Se eu sair do integral, o que eu acho difícil, porque gosto muito, vai ser por causa da infraestrutura — desabafa.

Entusiasta do modelo de ensino com jornada ampliada, Mauro Sérgio Pereira, que é pai de uma aluna de 16 anos, também se mostra decepcionado. Ele argumenta que o potencial do Emiti está sendo desperdiçado pela falta de condições na escola, que continuam praticamente as mesmas antes e depois da implantação do programa.

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— O governo prometeu uma coisa que não está sendo cumprida. Minha filha às vezes está às 14h em casa, quando deveria estar na escola, por falta de alimentação e até de atividades. No começo, eu incentivei a participar, porque seria importante para o futuro dela, mas parece que esse ano voltou pior do que ano passado — relata o militar da Marinha do Brasil.

Uma professora ouvida pela reportagem e que prefere não se identificar acrescenta dificuldades para a continuidade do Emiti onde leciona. A representante docente teme que as soluções demorem a chegar e, na sequência, os alunos fiquem desmotivados.

— O diferencial do integral está sendo a parte pedagógica, que eu garanto que funciona. Mas esbarramos na falta de laboratórios, acomodação de alunos, ar condicionado e alimentação. Já tentamos resolver de todas as formas: coordenadoria, direção, Instituto Ayrton Senna e SED. Alguma coisa mudou, mas voltou tudo de novo esse ano — diz a mulher que também tem um filho matriculado no modelo.

O diretor da escola Ivo Silveira, Ademir Antônio Stahelin, reconhece os problemas e diz estar buscando providências para todos eles. Apesar do protesto dos estudantes, que considera legítimo, avalia como muito bom o funcionamento do Emiti.

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O cenário não é muito diferente nas demais escolas. Os problemas de infraestrutura, com falta de internet, laboratórios sem equipamentos, salas sem climatização e espaços improvisados são constantes. Na escola Professor Flordoardo Cabral, em Lages, a modalidade começou neste ano para 44 alunos, mas nem todos têm material escolar, assim optaram por fazer cópias do conteúdo. Pelo menos mais três escolas relataram problemas na entrega de material para alunos e professores.

— Nós acabamos improvisando e a gente acaba se frustrando, porque tem toda a preparação da aula e não conseguimos colocar de pé. O programa é muito belo, mas precisam nos dar condições de trabalho — resumiu a coordenadora do EMITI na escola, Luciana Xavier.

Sobre o atraso na entrega das apostilas, o Instituto Ayrton Senna explicou que houve um problema de comunicação com a SED, que imprime e distribui os conteúdos. A promessa era que os materiais chegassem na semana posterior ao levantamento feito pelo Diário Catarinense. Pesquisador do ensino médio na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Norberto Dallabrida elogia a jornada ampliada. No entanto, o professor de pedagogia critica a implantação “apressada e sem planejamento” do Emiti no Estado que, com a promessa de investimento, utilizou a estrutura pré-existente das escolas para o programa.

— Para criar uma escola integral em tempo integral, é necessário fazer uma mudança significativa na estrutura, e não algo meramente secundário. Com os alunos mais tempo na escola, é inconcebível que a escola não esteja ligada à rede de internet, por exemplo. Dessa forma, o desenvolvimento de projetos pedagógicos mais robustos e modernos fica limitado.

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Duas escolas desistem da modalidade

Em 2018, o ensino médio integral em tempo integral (EMITI) foi abandonado por duas escolas em Santa Catarina. Na EEB Professor Padre Schuler, em Cocal do Sul, ficou difícil manter os 75 alunos matriculados sem salas de convivência, descanso e laboratórios. Os estudantes voltaram a frequentar o ensino regular, segundo a diretora Carla Scaparto.

— Ficar o dia inteiro na escola sem infraestrutura não dá. A gente entende que é o melhor para os alunos, mas enquanto não é o melhor para a nossa comunidade — comenta.

Além da falta de estrutura, a concorrência da jornada ampliada de ensino com o mercado de trabalho influenciou na desistência do programa de ensino, que começou com a decisão dos pais e estudantes e culminou com a da escola. Foi o que também aconteceu na EEB Leonor Lopes Gonzaga, em Guatambu, que tinha 50 alunos em tempo integral, mas não conseguiu dar continuidade por falta de procura neste ano. A diretora Mariema Rosina Borsoi lembra que desde que a unidade aderiu ao Emiti não houve praticamente nenhuma mudança no espaço físico, nem mesmo de internet, o que teria prejudicado a permanência e o interesse em sua avaliação.

— Os alunos gostaram do modelo e aprenderam muito, mas os pais optaram por não matriculá-los no integral. Nossos estudantes são de famílias que precisam trabalhar para ajudar em casa ou que preferem fazer outros cursos — explica.

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A procura por uma vaga de emprego em detrimento ao estudo é um fator cultural que também ameaça outras escolas, principalmente do interior do Estado, como a Orlando Bertoli, em Presidente Getúlio, a Osvaldo Cruz, em Rodeio, a Cordilheira Alta, em Cordilheira Alta, a Professora Heleodoro Borges, em Jaraguá do Sul, a São Vicente, em Itapiranga, e a Júlia Baleoli Zaniolo, em Canoinhas.

Mesmo depois de um ano, as 13 unidades que oferecem a modalidade em tempo integral ainda esperam por melhorias. Laboratórios sem equipamentos, falta de ar condicionado e internet e espaços improvisados são apenas alguns dos obstáculos que professores e alunos precisam passar todos os dias. Na EEB Coronel Ernesto Bertaso, em Chapecó, os laboratórios de química, física e biologia foram montados em uma sala. Mas após dois meses de uso, em uma visita técnica do Instituto Ayrton Senna, tiveram de interditar o ambiente em razão dos riscos na hora de fazer experimentos.

— A gente viu que não dava para improvisar em algo tão sério. Não temos nenhuma expectativa de construção de um laboratório adequado. Sem dinheiro a gente já acha que mudou muito o rendimento dos alunos, imagina com dinheiro — diz a assessora de direção e coordenadora do EMITI na escola, Joseane Bringhenti.

Elogios à proposta pedagógica e resultados iniciais

Mesmo com a falta de infraestrutura, sobram elogios ao modelo e proposta pedagógica do Emiti. Diretores, pais e alunos acreditam na modalidade e já colhem alguns resultados, embora ainda preliminares. Na EEB Elfrida Cristino da Silva, em Itajaí, dos 150 alunos participantes do programa, apenas cinco reprovaram. Antes esse número podia chegar a 40%, ou seja, 60 alunos. Mas a unidade enfrenta dificuldades, como falta de internet e laboratórios novos, mas sem nenhum equipamento. Já em Joinville, na EEB Eng. Annes Gualberto, a reprovação caiu de 20% para 3%.

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— Os resultados são maravilhosos, se a infraestrutura também acompanhasse essa mudança ia ser ainda melhor — diz Rosana Sales, coordenadora do Emiti na unidade.

Em algumas escolas, como é o caso da Mater Dolorum, em Capinzal, o envolvimento dos estudantes no programa traz resultados até mesmo na estrutura. Os próprios alunos desenvolveram no projeto de pesquisa e intervenção um sistema para uso de água da chuva na unidade, além de criarem as salas e convivência e biblioteca.

Todo esse potencial do programa dá uma injeção de otimismo nas escolas que começaram a ofertar a modalidade neste ano. A diretora Cleudenei Guedes dos Santos, da Machado de Assis, em Timbó Grande, no Planalto Norte, reforça a importância do Emiti:

— É um projeto que para a realidade social da nossa comunidade se tornou uma espécie de colete salva-vida para a juventude, que não tem trabalho ou muita coisa para fazer na cidade.

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O que dizem a SED e o Instituto Ayrton Senna

Até o momento o MEC já repassou à SED R$ 7,7 milhões para o programa em SC, principalmente para a compra de materiais, equipamentos tecnológicos e mobiliário. Mas até o momento pouca coisa chegou até as unidades. A assessora da diretoria de gestão da rede da SED, Sirley Damian de Medeiros, explica que nenhuma escola recebeu ainda os materiais esportivos (bola e rede, por exemplo) e escolar (caderno, pincel), mas Sirley diz que eles irão chegar a todas as 30 unidades até, no máximo, início de abril. A entrega dos kits tecnológicos, que incluem TV de LED, notebooks, computadores, tablets, lousa digital e datashow, está prevista a todas as escolas participantes em até dois meses. Esses equipamentos já estavam previstos no plano de implementação para uso do recurso federal, que foi feito no final de 2016. Sirley explica que os itens já estão no centro de distribuição da SED e estão sendo testados, para depois serem enviados às unidades. Quanto aos equipamentos de laboratório e mobiliário, o processo licitatório foi aberto em 2017 e os pregões estão em fase de finalização. Aí serão firmados contratos para compra de equipamentos, o que deve acontecer neste semestre.

Além disso, a internet ainda pode demorar até seis meses para chegar às escolas. Ela diz que na maioria das unidades que aderiram ao modelo no ano passado já foi instalada a rede de 30Mbps, mas que ainda estão no processo para colocar nas novas unidades, que enfrentam dificuldades na instalação da fibra óptica.

Além disso, sobre a falta de espaços de convivência e estudo, por exemplo, a orientação é tentar adaptar nos ambientes que já existem:

— Enquanto não saem essas demandas de reforma e ampliação de espaço, cabe à escola fazer uma avaliação com a sua comunidade e profissionais para adaptar e potencializar o uso pedagógico dos ambientes.

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Sirley mebra que os recursos do MEC vêm para a secretaria, que precisa fazer licitação, e então encaminhar as compras para as escolas, por isso é um “processo moroso e burocrático”, mas destaca a importância do programa:

— A priori, a aprendizagem é bem mais significativa, o aluno se torna protagonista, é mais atuante, um sujeito mais cidadão.

O gerente de projetos do Instituto Ayrton Senna, Helton Lima, reforça a necessidade de suporte em cada escola do EMITI. Nesse sentido, salienta que a parceria entre SED e instituto tem colocado esforço para resolver prontamente essas questões.

— Um projeto de educação integral tem como premissa reunir todas essas condições para funcionar da melhor forma possível. Estamos acompanhando sistematicamente essas questões de infraestrutura com a secretaria de educação, que tem dado prioridade para que as escolas de tempo integral reúnam as condições necessárias.

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Lima ainda avalia a implementação do modelo pedagógico em Santa Catarina de forma positiva.

— Está sendo muito ágil e o nível de engajamento está sendo altíssimo, a ponto de duplicar o número de escolas participantes em 2018. Em se tratando de um projeto de educação integral nesse tempo de implantação, com essas condições que ainda enfrenta, teve uma adesão absolutamente confiante das escolas, querendo fazer parte e se desenvolver nesse aspecto — pontua.

Situação das unidades

Levantamento feito pelo Diário Catarinense com as escolas entre 12 e 19 de março:

A estrutura das escolas em SC com Emiti em 2018

EEB Machado de Assis – Timbó Grande 127 alunos Maior problema está no transporte escolar, que depende de acerto com a prefeitura para ser ofertado. Enquanto a internet definitiva não é instalada, a Associação de Pais e Professores banca uma rede. Tem laboratório de informática e todos os professores passaram por capacitação.

EEB Orlando Bertoli – Presidente Getúlio 60 alunos A APP criou dois ambientes de convivência e descanso. A duas salas utilizadas também foram reformadas com recursos próprios. A internet, de velocidade e sinal insuficientes, é dividida entre a sala de informática e a secretaria da escola. Precisa de carteiras novas.

EEB Júlia Baleoli Zaniolo – Canoinhas 69 alunos Cerca de 10 alunos pediram transferência para IFSC ou curso noturno. Ar-condicionado só tem no laboratório de informática e com recursos da escola. Não tem laboratórios de biologia, física e química, internet tem pouca velocidade. Estão construindo um ginásio, porque o que tinham caiu com a neve há cinco anos.

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EEB Benjamim Carvalho de Oliveira – Ipumirim 71 alunos Ainda faltam espaços como as áreas de lazer. A internet de 30Mbps é insuficiente. Os datashows e os computadores ainda não estão instalados, porque precisam de um local específico. Há laboratórios, mas que também não estão equipados.

EEB Nereu Ramos – Itajaí 44 alunos Já tinha internet, mas sinal cai quando a turma usa ao mesmo tempo. Todas as salas tem datashow e ar-condicionado, mas é feito um revezamento no uso da climatização para não sobrecarregar a rede. Há laboratórios de matemática, física, química e biologia.

EEB Maria Rita Flor – Bombinhas 60 alunos A velocidade e a transmissão da internet para as salas são os principais entraves. Faltam equipamentos e vidraria para o laboratório de ciências naturais. Não há ar condicionado em todas as salas. Precisam, ainda, de mais três salas de aula verticalizadas para adequar novos espaços e ambientes e de uma biblioteca maior.

EEB Casimiro de Abreu – Curitibanos 215 alunos Tem fila de espera para EMITI com demanda para abrir mais uma turma, só não podem por falta de espaço físico. Tem laboratório de matemática, biologia, química e informática. Além de sala de dança e auditório. Estão fazendo a distribuição de pontos de internet.

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EEB Osvaldo Cruz – Rodeio 70 alunos Não tem internet, mas vão comprar fibra óptica com recursos próprios. Os equipamentos multimídia também são insuficientes. Não há laboratórios. No intervalo, os alunos são acomodados em um anfiteatro.

EEB Attela Jenichen – Indaial 120 alunos Escola nova com obras em fase final de conclusão. Acesso à escola ainda não está pronto.

EEB Toneza Cascaes – Orleans 110 alunos A internet para os alunos é dividida com a secretaria. Nem todos os professores receberam o conteúdo didático neste ano. O laboratório de informática demanda reforma e, dos 15 computadores existentes, só cinco funcionam. Os laboratórios de química e física precisam de inovação, tanto que os professores preferem ficar em sala de aula, onde há um mini laboratório móvel. No intervalo, os estudantes ocupam uma sala montada a partir de doações e do Cartão de Pagamento do Estado de Santa Catarina.

EEB Dr. Max Tavares D’ Amaral – Blumenau 58 alunos Aguardam internet com mais velocidade e tem laboratório de ciências e informática. Sem ar-condicionado nas salas, nos dias quentes alunos se dividem na biblioteca e auditório.

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EEM Valmir Omarques Nunes – Bom Retiro A direção não soube informar o número de alunos A sala de aula é nova e contempla aquilo que é necessário. Os equipamentos multimídia estão em via de serem entregues. Há laboratórios, anfiteatro e centros de cultura. A climatização é feita com ventiladores.

EEB Ruth Lebarbechon – Água Doce 54 alunos Tiveram mais matrículas com EMITI. Alguns alunos levam até duas horas para chegar ao colégio. Escola precisa de reformas, aguardam instalação de laboratórios de química e biologia e internet. Tem sala de convivência e escola é bem ampla.

EEB Holando Marcelino Gonçalves – Jaraguá do Sul 93 alunos Estudam fazer um evento junto à APP para angariar recursos e instalar uma internet. Há um projetor em cada sala, mas há no máximo quatro computadores funcionando. Ainda esperam os colchonetes para acomodar os estudantes no intervalo. Existe uma licitação em andamento para a compra de um laboratório móvel. A escola tem espaço para outros laboratórios, mas eles não estão equipados. Todas as salas têm ar condicionado. Faltou material didático para professores.

EEB Flordoardo Cabral – Lages 44 alunos Falta material pedagógico para cerca de 12 alunos. Sem material para todos, optaram por não entregar e fazer cópias do conteúdo. Sem internet e com pouco espaço para trabalhar em grupos.

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EEB Visconde de Cairu – Lages 30 alunos Os 13 professores não são exclusivos, mas dão prioridade à turma do EMITI. Os materiais didáticos ainda não chegaram em quantidade suficiente, principalmente para o corpo docente. Ainda esperam ampliação do sinal e velocidade da internet. O laboratório de informática não dá conta da demanda. Os aparelhos de ar condicionado ainda esperam ser ligados.

EEB Gomes Carneiro – Xaxim 85 alunos Tem laboratório de informática, mas falta profissional para atuar nele, além do sinal de internet não ser suficiente para atender a todos alunos. Não tem laboratórios de física, biologia. Tem sala de convivência e ginásio de esportes.

A estrutura das escolas em SC com Emiti em 2017

EEB Almirante Barroso – Canoinhas 181 alunos A avaliação da infraestrutura da escola construída em 2016,é positiva. Há TVs de 43′ com entrada para pen drive em todas as salas. A internet de 30Mbps é considerada muito forte, mesmo tendo em vista a promessa de 100Mbps. O laboratório de matemática está em construção. Falta ar condicionado em aproximadamente seis salas.

EEB Elfrida Cristino da Silva – Itajaí 300 alunos Internet funciona apenas na secretaria/administrativo, ainda não tem internet para alunos. Escola começou a funcionar em 2017. Tem apenas sete computadores e receberam em setembro de 2017 16 ar-condicionados, que ainda não foram instalados. Não tem biblioteca e faltam todos equipamentos nos laboratórios de física, química e biologia.

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EEB Caetano Bez Batti – Urussanga 112 alunos A internet de 30Mbps chegou, mas precisaram investir em roteadores com recursos próprios. Três datashows são disputados por 25 turmas. Não há laboratórios. O espaço de convivência e descanso foi improvisado. A escola foi completamente climatizada graças aos esforços conjuntos com a APP.

EEB Coronel Ernesto Bertaso – Chapecó 67 alunos Estão há duas semanas sem internet, tem rede apenas na secretaria. Laboratórios de química, física e biologia, que foram adaptados em uma sala, foram interditados por oferecer riscos e não tem previsão de construir um novo. Não tiveram nenhuma reprovação no primeiro ano do projeto.

EEB Cordilheira Alta – Cordilheira Alta 79 alunos Há problemas com espaços, equipamentos tecnológicos e internet, que não funciona corretamente todos os dias. Ano passado, roteadores foram adquiridos com recursos do PDDE, do FNDE, e da ADR. O cardápio da alimentação oferecida é pouco diversificado e nem sempre suficiente.

EEB Mater Dolorum – Capinzal 120 alunos Mais cinco professores foram efetivados neste ano. Tem internet de 30Mbps e são liberadas senhas para usar conforme a necessidade. Alunos ajudaram a montar salas de convivência e biblioteca, além de criar sistema para reaproveitamento de água da chuva. Faltam equipamentos para laboratórios.

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EEB Prof Heleodoro Borges – Jaraguá do Sul 120 alunos Há internet de 30Mbps e a escola, junto à APP, tentou improvisar a distribuição do sinal com uma antena. Tem oito computadores que funcionam de forma bem lenta no laboratório de informática. Outros quatro laboratórios eram para ter sido construídos no ano passado. Não receberam colchonetes, então o espaço de descanso é improvisado. Cerca de R$ 30 mil via APP possibilitaram a climatização.

EEB Dom Jaime de Barros Câmara – Florianópolis 138 alunos Tem laboratório de química e informática, mas faltam materiais, equipamentos e só tem cinco computadores funcionando. Tem poucos espaços de descanso e convivência, aguardam reforma para ampliação. Internet de 30Mbps, instalada no ano passado, não dá conta da demanda.

EEB Gov Ivo Silveira – Palhoça 350 alunos Há uma licitação em curso para ampliação da internet e aquisição de equipamentos multimídia, que atualmente são dois projetores com uso revezado. O laboratório de informática precisa ser melhorado. Não há espaço de convivência, nem de descanso. A obra do complexo esportivo está atrasada e ainda não foi entregue. A ligação de um transformador na rede elétrica é o que impede o uso dos aparelhos de ar condicionado.

EEB Nereu Ramos – Santo Amaro da Imperatriz 130 alunos Reforma para ampliação começou há dois meses e serão construídos auditório e laboratórios. Maior necessidade é internet, que não foi instalada.

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EEB São Vicente – Itapiranga 161 alunos O sinal da internet precisa ser melhorado. Todas as salas são equipadas com projetores multimídia. Não há laboratório de informática, apesar de existirem equipamentos. Não há pátio externo, nem área de convivência.

EEB Eng Annes Gualberto – Joinville 155 alunos De 20% de reprovação passou para 3%. Alunos participam da construção de espaços, como de convivência. Com computadores obsoletos, alunos usam próprios celulares na sala de informática. Aguardam por internet, construção de quadra coberta e refeitório, alunos hoje comem em pátio coberto. Alimentação melhorou.

EEB Pres Medici – Joinville 165 alunos O material pedagógico chegou atrasado. Há laboratório de ciências em boas condições e laboratório de informática, que precisa de reforma. Existem duas salas ambientes utilizadas para as disciplinas de arte, cultura e tecnologia, com perspectiva de ampliação do modelo de espaço nos próximos dois anos. A internet ainda é a de 30Mbps.

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