Marat Safin foi um tenista de temperamento quente e bolas certeiras. Russo, ele era um dos principais rivais de Gustavo Kuerten na luta pelo primeiro lugar do ranking da ATP em 2000. Na verdade ele era uma pedra no sapato do catarinense. Quatro anos mais novo, até a final do Masters de Hamburgo, Safin nunca tinha perdido para Guga.

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Derrota em Roma fez Guga melhorar em busca do bi em Roland Garros

Há 15 anos, a derrota que levou Gustavo Kuerten ao topo do mundo

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– Ele jogava de forma impetuosa, como eu gosto de jogar. Esse foi o ano que eu entendi que precisava jogar feio para ganhar. Não precisava fazer uma partida bonita e às vezes podia fazer coisas mais simples – analisa Gustavo Kuerten.

Há 15 anos, Guga conquistou o título de Hamburgo. Essa taça rendeu ao tenista o último título que faltava para conquistar o “Grand Slam” do saibro – quando o atleta vence os quatro torneios mais importantes neste piso: Roland Garros, Monte Carlo, Roma e Hamburgo.

– Isso é uma coisa que você não pensa durante o torneio. Só fui lembrar na entrevista coletiva quando me contaram. Eu estava feliz pelo resultado e exausto – diz.

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Foi o cansaço que fez Gustavo Kuerten encontrar uma nova estratégia contra Safin.

O russo que se tornou o principal adversário

Guga chegou à final de Roma e perdeu para Magnus Norman. Poucos dias depois da derrota estava em quadra para começar a caminhada pela taça de Hamburgo. Exausto e com problemas na coluna, o catarinense foi à decisão com Marat Safin extenuado.

E a partida foi dura. Foram quase quatro horas de jogo e cinco sets para o brasileiro bater Safin, por 6/4, 5/7, 6/4, 5/7, 7/6 (7/3), e conquistar o troféu.

– Encontrei sem querer um jeito de jogar contra ele. Eu não aguentava mais. Então comecei a bater na bola de um jeito diferente, mais cadenciado e isso surpreendeu o Safin – lembra.

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Em novembro de 2000, o russo alcançou a liderança do ranking mundial com apenas 20 anos e se tornou o grande adversário de Guga na disputa pelo topo do mundo.

Até a final de Hamburgo, o tenista catarinense tinha enfrentado três vezes Marat Safin e perdido todas. Depois do triunfo na Alemanha, o manezinho nunca mais perdeu. Foram quatro jogos, incluindo a final de Indianápolis.

– Quanto mais opções você têm no tênis, mais difícil é escolher a certa. Isso é um processo, você aprende tanto que fica meio matrix, você acaba tendo as respostas. O desafio é saber quando usá-las – finaliza Gustavo Kuerten.

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* Em 3 de dezembro, Gustavo Kuerten comemora os 15 anos da liderança do ranking de tênis. Até lá, o Diário Catarinense publicará matérias especiais. Identificadas pelo selo oficial do Guga.