O julgamento do recurso no Tribunal de Justiça na tarde de hoje terá repercussões sobre o futuro do presidente afastado Romildo Titon entre os 39 deputados, qualquer que seja o resultado.

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Havendo rejeição do pedido pelo Judiciário, sua situação política ficará mais fragilizada e dependerá futuramente do recebimento ou não da denúncia. Até hoje parlamentares e servidores indagam quem aconselhouTiton na nomeação de sua assessora para a chefia de gabinete, quando o marido dela era denunciado pela Procuradoria Geral de Justiça, além de outros três denunciados pelo Ministério Público, também nomeados para cargos comissionados. O gesto foi interpretado como afronta ao MP e à Justiça estadual, pelo risco de obstrução das investigações.

No caso de acolhimento do requerido pelo TJ-SC, com o retorno de Titon à presidência da Assembleia, há problemas a serem resolvidos. Deputados de vários partidos não se conformam com a decisão do presidente de, após a posse, exonerar todos os comissionados para acolher indicados do PMDB. As bancadas do PSDB, do PP e do PSD perderam posições em cargos administrativos de confiança. Continuam reagindo. Alegam que o acordo da eleição há mais de um ano não foi cumprido.

Os tucanos são os mais insatisfeitos. Dizem que a presidência seria do PSDB se eles tivessem ido para a disputa em fevereiro de 2013. Estava decidido que dividiriam o mandato entre Joares Ponticelli (PP) e um deputado do PSDB. Prevaleceu, contudo, a continuidade do projeto de mesa eclética e a divisão do mandato presidencial de dois anos entre Ponticelli e Titon.

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Esta debilitada política tende também a enfraquecer a tese de formação de uma CPI do Ministério Público, proposta por Jailson Lima da Silva, do PT, e referendada agora por Romildo Titon, do PMDB.