Campeão Brasileiro, campeão da América… Os últimos meses de Tite tem sido de muita satisfação. Mas se engana quem pensa que a vida do comandante alvinegro sempre foi flores. Fora da zona de rebaixamento com o Corinthians, após a vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, nesta última quarta-feira, o treinador cumpriu apenas mais uma “missão” em sua carreira.
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A situação do Timão não era nada desesperadora. A prioridade pela Libertadores, quando usou o time reserva na maioria das primeiras rodadas, surtiu efeito com a chegada do título. Mesmo assim, o gaúcho não escondia sua preocupação. Em outros clubes o técnico acabou se deparando com situações parecidas e disse que “perdeu muito sono”.
– É muito cedo falar onde podemos chegar. Mas nós estamos nos distanciando da zona do inferno. Essa é a verdade. Zona de baixo é a zona do inferno. Eu já passei muito tempo sem dormir, sei valorizar – afirmou.
Já na sua primeira passagem pelo Parque São Jorge, em 2004, o gaúcho deparou-se com um baita problema. Brigando para não cair, ele levou o Timão à quinta colocação, quase conseguindo uma vaga na tão sonhada competição continental na época.
Sua rápida passagem pelo grande rival Palmeiras também teve destes acasos. Em 2006, assumiu os alviverdes lá em baixo e, após usar a pausa da Copa do Mundo para preparar a equipe, arrancou sete vitórias e cinco empates para zarpar da degola.
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No Internacional, mais uma bucha para resolver. O Colorado não estava dentro do G4 diabólico, mas rondava o perigo. Com uma ótima campanha, terminou a temporada em sexto lugar. O trabalho espantou qualquer desconfiança da torcida, que o via com maus olhos por ter se destacado no rival Grêmio anos antes.
Campeão de quase tudo pelo Timão e outros clubes, Tite vai mostrando que não é especialista em “apenas” levantar taças. Rebaixamento também não é com ele.