Represália à morte de Bruno Severo dos Santos Paiva, 17 anos, morto em confronto com a Polícia Militar na semana passada, é uma das linhas de investigação que são levadas em conta para o atentado à base da Polícia Militar no bairro Agronômica, em Florianópolis, na noite de domingo. No mesmo dia, uma delegacia em Camboriú foi alvo de tiros.

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A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma que os dois crimes foram atos isolados e estão sendo apurados pelas polícias Civil e Militar.

Bandidos dispararam 27 tiros contra a unidade na Agronômica, provavelmente de uma pistola Glock com dispositivo automático (rajada) e carregador alongado para 30 tiros, conforme informou o comandante do 4º Batalhão da PM, tenente-coronel Araújo Gomes.

O comandante disse que o policial que estava no local só não foi atingido porque os vidros são blindados, em investimento realizado por meio de parceria com a associação do bairro. Os autores estavam de motocicleta.

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A hipótese de que o crime tenha sido represália à morte de Bruno é do setor de Inteligência da PM e está sendo apurada.

Segundo Araújo Gomes, ficou confirmado que Bruno participou de um assalto a uma joalheria num shopping em Palhoça e dois relógios encontrados na casa dele haviam sido roubados da loja. O comandante ressalta que o adolescente tinha vários antecedentes.

Nesta segunda-feira, a PM fez operação de trânsito na região do Horácio. O comandante afirmou que a ação visa também a manter presença policial no local, pois a situação de violência que atinge a comunidade é preocupante.

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Ataque em delegacia de Camboriú

Na noite de domingo, bandidos também dispararam tiros contra a Delegacia de Polícia no bairro Monte Alegre, em Camboriú, com cerca de 20 tiros. A unidade também tem vidros blindados e ninguém se feriu. Um Uno foi encontrado abandonado nas proximidades. Três homens teriam participado e conseguiram fugir.