Tiro contra bombeiro em Camboriú é tratado como tentativa de homicídio

O que veio à tona como um assalto mal sucedido, acabou como uma tentativa de homicídio contra um bombeiro nesta segunda-feira em Camboríu. Um sargento da corporação foi baleado em casa, no Bairro Rio do Meio, e teve de ser levado ao hospital. A Diretoria de Investigações Criminais (DIC) não revela detalhes, mas trabalha com a hipótese de que algo particular tenha motivado o crime.

Segundo testemunhas contaram aos policiais da DIC, dois homens chegaram à casa do sargento Vitorino Grosskopf em uma motocicleta. Sem dizer uma só palavra, um deles atirou contra o bombeiro, que foi atingido na nádega, por volta das 11h30. Ele foi levado ao Hospital Ruth Cardoso e passa bem.

Num primeiro momento, a informação oficial era de que Grosskopf teria reagido a um assalto, por isso havia sido baleado. Mas logo que as investigações começaram a polícia descobriu que não existiu tentativa de roubo.

De acordo com o delegado Osnei de Oliveira, que comanda a investigação, o atentado contra o bombeiro não tem características de roubo e passou a ser tratado como tentativa de homicídio. O delegado afirma que o caso está relacionado à particularidade do sargento.

Versão conflitante

Comandante do 13º Batalhão dos Bombeiros, major César Assumpção diz ter sido informado pelo sargento que teria flagrado dois assaltantes na casa onde vive e reagiu. O sargento estava de folga e não estava fardado no momento.

Ao ser questionado sobre a versão da polícia, o major manteve o que Grosskopf havia dito a ele. O comandante não acredita que a tentativa de homicídio possa ter sido cometida por algum insatisfeito com o trabalho do sargento, pois ele não lida diretamente com o público. Vitorino Grosskopf é chefe de socorro, ou seja, coordenada as equipes que fazem atendimentos às vítimas.

Apesar de ter apresentado uma versão diferente ao comandante do batalhão, o delegado Osnei Oliveira diz que o sargento está contribuindo com as investigações. Os homens que o teriam abordado estavam de capacete e até o fim da tarde desta segunda não tinham sido identificados. Até o início da noite, agentes da DIC permaneciam entrevistando o bombeiro em busca de novas informações que pudessem levar aos atiradores.