O suspeito de ter matado a companheira Gabriella Custódio Silva, de 20 anos, se apresentou à polícia na tarde desta quinta-feira, em Joinville. Leonardo Nathan Chaves Martins, 21 anos, permaneceu durante quase três horas prestando depoimento ao delegado Elieser Bertinotti, que conduz a investigação na Delegacia de Homicídios.

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No dia da morte, os dois haviam ido à casa dos pais de Leonardo. Segundo o delegado, o suspeito afirmou que tinha conhecimento que o pai havia comprado uma arma e a encontrou em cima de um sofá na sala. Em seguida, ele levou a arma até a cozinha para mostrar a Gabriella — a mãe de Leonardo estava na lavanderia nesse momento.

— Ele afirma que foi na cozinha para mostrar a arma, quando aconteceu o disparo. Em uma mão, ele estava com o carregador desacoplado, que deixou em cima da mesa, e na outra a arma — descreveu o delegado.

Bertinotti explicou que é possível acontecer o disparo mesmo sem o carregador porque uma munição fica dentro da arma. Caso aconteça um disparo é preciso colocar novamente o carregador para recarregar. No entanto, o delegado diz que seria possível entender a mecânica da arma apenas por meio de uma perícia.

— Ele afirma que o tiro foi acidental, mas tecnicamente uma arma não dispara sozinha. Não é que não possa acontecer, mas teria que haver uma perícia. Só que ele disse que a arma foi jogada em um rio após o tiro — explicou.

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Defesa diz que marido está arrependido

Após o depoimento, o advogado de defesa Pedro Wellington Alves da Silva também confirmou que Leonardo disse à polícia que o disparo foi acidental. Ele reiterou que a arma era do pai do suspeito, sido comprada no dia anterior, e que o casal havia ficado curioso para ver. Segundo Pedro, a arma estava sem o pente, mas havia uma bala dentro. Foi essa que atingiu Gabriella.

— O Leonardo assume que foi ele, embora tenha sido um acidente. Ele está extremamente arrependido do que aconteceu e abalado emocionalmente — descreveu.

Após o depoimento, Leonardo foi liberado pela polícia. O delegado afirmou que as medidas cautelares estão sendo avaliadas, mas enquanto isso o suspeito permanecerá em liberdade. Além do marido da vítima, outras testemunhas foram ouvidas nesta quinta-feira.

Outras pessoas também devem prestar depoimento, entre elas, os familiares de Gabriella. O delegado tem 30 dias para concluir o inquérito, mas os laudos solicitados, como o cadavérico, ainda não foram entregues.

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