O início da vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina gerou muitas dúvidas na população. Dessa forma, o NSC Total decidiu organizar uma live para responder às perguntas frequentes dos catarinenses. A transmissão acontece nesta quarta-feira (03), às 14h, no Youtube do NSC Total e no Facebook e Twitter do Diário Catarinense. A live contará com dois especialistas e professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além dos repórteres da NSC. Acompanhe a live no vídeo abaixo.

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Perguntas e respostas 

O NSC Total elaborou um tira-dúvidas com as perguntas frequentes dos leitores. Ao todo são 30 perguntas que respondem questionamentos sobre a ordem de vacinação, as comorbidades que terão prioridade na hora da vacinação e as restrições para a imunização, por exemplo. As autoridades de saúde do Estado e quatro especialistas da área ajudam a esclarecer os questionamentos dos catarinenses sobre a vacina contra a Covid-19 e informam sobre os cuidados na hora da imunização e no período posterior.

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Confira os profissionais que irão responder às questões sobre a vacina contra a Covid-19:

André Báfica | médico, professor da UFSC e pós-doutor em Patologia Humana
Daniel Mansur | biólogo, professor da UFSC e pós-doutor em Imunologia
Flávio Fonseca | virologista da UFMG e pós-doutor em Biologia
Lúcia Abel Awad | imunologista, pesquisadora da USP e PhD em Doenças Infecciosas

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Clique nas perguntas para ser redirecionado para as respostas:

Quando eu vou ser vacinado em SC?
Quais são as datas das próximas fases?
Como eu serei avisado que chegou a minha vez? Devo ir ao postinho?
Quem são os profissionais da saúde e quando serão vacinados?
Quando os professores serão vacinados?
Quais são os documentos necessários para a vacinação?
Quais são as comorbidades que têm prioridade no recebimento da vacina?
Quem tem comorbidades precisa de laudo médico para se vacinar?
Posso comprar a vacina em uma clínica particular?
Posso me vacinar em outra cidade que não seja onde moro?
A vacina é obrigatória e gratuita?
Crianças, adolescentes e gestantes devem se vacinar?
Há contraindicação em vacinar pessoas alérgicas?
Estou com sintomas de Covid, posso me vacinar?
Tenho uma doença autoimune, posso me vacinar?
Tomo medicação de forma contínua, posso me vacinar?
Quem está na UTI pode ser vacinado?
Já peguei Covid, devo me vacinar?
Preciso tomar a vacina se desenvolvi anticorpos após pegar Covid?
Em quanto tempo a segunda dose deve ser aplicada?
Posso tomar a primeira dose de uma vacina e a segunda de outra?
As duas vacinas utilizadas em Santa Catarina são seguras?
Posso desenvolver HIV ou H1N1 se tomar a vacina?
A vacina pode alterar meu DNA?
Quanto tempo depois de tomar a vacina eu estarei imunizado?
Quais são os efeitos colaterais que podem ocorrer após a vacina?
Quem se vacinou pode andar sem máscara?
Vou ter que tomar a vacina todo ano para ficar imunizado?
Que teste devo fazer para saber se tenho anticorpos contra Covid?
Quando poderemos parar de usar máscara e voltar a ir em festas e bares?

Quando eu vou ser vacinado em SC?

O plano de vacinação em Santa Catarina é dividido em quatro grandes fases.
Fase 1: 426.678 pessoas. Trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e a população indígena.
Fase 2: 844.644 pessoas de 60 a 74 anos.
Fase 3: 1.365.028 pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença, como portadores de doenças renais crônicas,cardiovasculares, entre outras.
Fase 4: Professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e trabalhadores de transporte.
Ainda não é possível precisar a data em que cada grupo será vacinado porque a chegada da vacina emSanta Catarina depende do envio pelo governo federal.
À medida em que os imunizantes forem chegando, as pessoas dos grupos prioritários vão sendo vacinadas.

Já chegaram em Santa Catarina:
• 144 mil doses de CoronaVac – 1ª remessa
• 47,5 mil doses de AstraZeneca – 2ª remessa
• 21,6 mil doses de CoronaVac – 3ª remessa

Ao todo são 213,1 mil doses de vacina. Para concluir a primeira fase de imunização são necessárias 853,3 mil doses, já que ambas as vacinas enviadas a Santa Catarina precisam de duas doses para fazer efeito. À medida em que os novos lotes chegam, os governos do Estado e dos municípios divulgam novas estratégias de vacinação. No momento, os vacinadores estão indo ao encontro dos profissionais da saúde, idosos e indígenas para realizarem a imunização.

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Quais são as datas das próximas fases?

Ainda não há datas estabelecidas para as próximas fases de vacinação. O governo do Estado depende da distribuição de vacinas pelo governo federal para fornecer os imunizantes para os municípios. Assim, as próximas fases vão depender da chegada das vacinas. Todos serão avisados quando chegar o seu momento de vacinação.

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Como eu serei avisado que chegou a minha vez? Devo ir ao postinho?

Não. Assim que novos lotes forem chegando, as estratégias para cada público serão divulgadas pelas Secretarias de Estado e municipais da Saúde. Você será avisado se precisar ir ao postinho ou a outro local de vacinação.

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Quem são os profissionais da saúde e quando serão vacinados?

Os profissionais da saúde fazem parte da primeira fase de imunização. Porém, como as vacinas estão chegando aos poucos no Estado e não é possível vacinar todos de uma só vez, o governo elaborou uma ordem de imunização desse grupo. Assim, à medida em que as vacinas forem chegando, os vacinadores irão aos locais de trabalho dos profissionais para realizar a imunização. Segue ordem de prioridade:

1. Profissionais que atuam nas UTIs COVID-19;
2. Profissionais que atuam nas Emergências COVID-19;
3. Profissionais que atuam no atendimento clínico hospitalar COVID-19;
4. Profissionais do SAMU;
5. Trabalhadores das Instituições de Longa Permanência de Idosos e de Residências Inclusivas (Serviço de Acolhimento Institucional em Residência Inclusiva para jovens e adultos com deficiência);
6. Equipes de vacinação que estiverem diretamente envolvidas na vacinação dos grupos elencados para esta etapa;
7. Profissionais envolvidos no Atendimento Pré-Hospitalar (APH) Móvel Catarinense (profissionais que atuam nas ambulâncias realizando esse tipo de atendimento);
8. Profissionais que atuam no atendimento clínico de paciente com suspeita de COVID-19 independentemente do nível de atenção (Centros de Saúde, Unidades de Triagem, Hospitais, ambulatórios, entre outros.);
9. Profissionais que atuam na coleta (swab) e no diagnóstico laboratorial da Covid-19.

Assim que esses grupos de profissionais da saúde forem vacinados, os municípios irão iniciar a vacinação dos demais trabalhadores dos serviços de saúde, que são todos aqueles que atuam em espaços e estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde, sejam eles hospitais, clínicas, ambulatórios, laboratórios e outros locais.

• Profissionais da saúde ( ex.: médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontólogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, profissionais da educação física, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares)
• Trabalhadores de apoio (ex.: recepcionistas, seguranças, trabalhadores da limpeza, cozinheiros e auxiliares, motoristas de ambulâncias e outros)
• Profissionais que atuam em cuidados domiciliares (ex.: cuidadores de idosos, doulas/parteiras)
• Funcionários do sistema funerário que tenham contato com cadáveres potencialmente contaminados.
• Acadêmicos em saúde e estudantes da área técnica em saúde em estágio hospitalar, atenção básica, clínicas e laboratórios.

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Quando os professores serão vacinados?

Os professores fazem parte do último grupo prioritário para a vacinação. Ainda não há uma data, visto que depende da chegada de vacinas ao Estado. Os órgãos da saúde irão avisar quando chegar a vez desses profissionais.

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Quais são os documentos necessários para a vacinação?

A secretaria de Estado da Saúde informou que na hora da vacinação será necessário portar os documentos de rotina para o cadastro das doses, como: carteirinha de vacinação ou RG ou CPF ou Cartão Nacional do SUS. Mas os municípios podem ter suas especificidades. No caso de Florianópolis, a pessoa precisa estar com o cadastro atualizado. É possível atualizar o cadastro diretamente com as equipes de saúde.

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Quais são as comorbidades que têm prioridade no recebimento da vacina?

A fase 3 de vacinação engloba as pessoas com comorbidades, sendo elas:
Pessoas com 18 anos ou mais e sejam portadores de:

• Diabetes Melitus;
• Pneumopatias crônicas graves (como asma grave);
• Hipertensão Arterial Resistente (HAR);
• Hipertensão Arterial Estágio 3;
• Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com LOA e/ou comorbidade;
• Doença cardiovascular;
• Insuficiência cardíaca (IC);
• Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar;
• Cardiopatia hipertensiva;
• Síndromes coronarianas;
• Valvopatias;
• Miocardiopatias e Pericardiopatias;
• Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas;
• Arritmias cardíacas;
• Cardiopatias congênita no adulto;
• Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados;
• Doença cerebrovascular;
• Doença renal crônica;
• Imunossuprimidos;
• Anemia falciforme;
• Obesidade mórbida;
• Síndrome de Down.

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Quem tem comorbidades precisa de laudo médico para se vacinar?

Sim, será obrigatória a apresentação de laudo. Em Florianópolis, é preciso ter um atestado que será disponibilizado em formato único. Poderá ser retirado nas Unidades de Saúde, para quem usa o SUS, ou no site Alô Saúde, para quem quiser pegar o modelo de atestado e levar para o seu médico da rede privada comprovar a comorbidade.

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Posso comprar a vacina em uma clínica particular?

No momento as doses disponíveis são de uso emergencial e estão sendo administradas apenas através do SUS.

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Posso me vacinar em outra cidade que não seja onde moro?

Não. Você deve ser vacinado no município de residência. As doses são distribuídas conforme a população de cada cidade.

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A vacina é obrigatória e gratuita?

A vacinação não é obrigatória no Brasil. Porém, é a principal ferramenta disponível no momento para prevenir a ocorrência de casos graves, hospitalizações e óbitos por Covid-19 na população em geral. Dessa forma, recomenda-se fortemente, que os indivíduos pertencentes aos grupos prioritários busquem se vacinar, assim que foram convocados. As doses estão sendo oferecidas pelo SUS de forma gratuita para os grupos que têm direito.

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Crianças, adolescentes e gestantes devem se vacinar?

As vacinas não serão utilizadas para pessoas menores de 18 anos de idade, por não terem sido testadas nessa população ainda. No Brasil, as vacinas da AstraZeneca/Oxford e da Sinovac/Butantan foram aprovadas para imunização de gestantes após avaliação médica e decisão conjunta com as gestantes.

André Báfica, UFSC

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Há contraindicação em vacinar pessoas alérgicas?

Sim. O especialista Báfica explica que as vacinas contêm imunizantes, adjuvantes e outros compostos. Se você for alérgico a algum constituinte da formulação das vacinas disponíveis, você deve consultar o profissional de saúde antes de usar a vacina.

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André Báfica, UFSC

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Estou com sintomas de Covid, posso me vacinar?

Não. Quem está com qualquer sintoma de doença infectocontagiosa, manifestando febre, tosse, sintomas gripais ou outro sintoma, não deve se vacinar. Isso inclui qualquer vacina, não somente as vacinas para Covid-19.

Flávio Fonseca, UFMG

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Tenho uma doença autoimune, posso me vacinar?

A princípio não existe contraindicação nenhuma. Mas, nesses casos, é interessante que a pessoa consulte o seu médico antes de se vacinar.

Daniel Mansur, UFSC

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Tomo medicação de forma contínua, posso me vacinar?

A princípio não existe contraindicação nenhuma. Mas, nesses casos, é interessante que a pessoa consulte o seu médico antes de se vacinar.

Daniel Mansur, UFSC

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Quem está na UTI pode ser vacinado?

Não. Quem está na UTI apresenta um problema de saúde de alguma natureza. Quem apresenta qualquer sintoma de saúde, seja infectocontagioso ou não, é avaliado sobre a possibilidade de se vacinar. E, normalmente, quem apresenta sintoma não pode ser vacinado. Ainda mais quem está na UTI, que apresenta sintomas ainda mais graves, e não deve ser vacinado.

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Flávio Fonseca, UFMG

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Já peguei Covid, devo me vacinar?

Sim, deve. A gente não sabe ainda até que ponto a imunidade natural, pós-infecção, se compara à imunidade adquirida através da vacina. Existem casos anteriores, como o sarampo, em que o vírus manipula o seu sistema imune e impede que uma memória imunológica de longa duração seja atingida. A gente não sabe se isso acontece para a Covid-19, por isso é indicado que quem pegou a doença se vacine também.

Daniel Mansur, UFSC

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Preciso tomar a vacina se desenvolvi anticorpos após pegar Covid?

Mesmo que anticorpos da classe IgG sejam detectados, é aconselhável tomar a vacina, pois não sabemos quanto tempo esses anticorpos irão durar no nosso organismo. Tem estudos mostrando 2 a 3 meses de permanência, ou seja, curto tempo.

Lúcia Abel Awad, USP


Embora as reinfecções sejam eventos raros e pouco documentados, ainda são necessárias investigações mais aprofundadas a respeito do desenvolvimento de Covid-19 em quem já apresentou anteriormente a doença. Ainda não se sabe se todos que tiveram Covid-19 estão imunes ou quanto tempo dura a proteção de quem já foi infectado. Por isso, recomendo que mesmo que você já tenha tido Covid-19, não abandone as práticas sanitárias de isolamento, sobretudo o uso de máscara e lavagem de mãos frequente.

André Báfica, UFSC

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Em quanto tempo a segunda dose deve ser aplicada?

No momento estão sendo administradas dois tipos de vacinas em Santa Catarina: a CoronaVac e a AstraZeneca. A segunda dose da CoronaVac/Butantan deve ser aplicada entre 2 e 4 semanas após a primeira aplicação. Em Florianópolis, a segunda dose será agendada para a terceira semana. Já a segunda aplicação da vacina AstraZeneca/Fiocruz deve ser feita em 12 semanas. Quando a pessoa receber a primeira dose será orientada sobre a data da segunda aplicação.

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Posso tomar a primeira dose de uma vacina e a segunda de outra?

Não. Todos os testes com as vacinas que estão sendo licenciadas de maneira emergencial para a Covid-19 foram feitos em regime homólogo de vacinação, ou seja, sempre com a primeira e a segunda dose do mesmo imunizante.

Flávio Fonseca, UFMG

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As duas vacinas utilizadas em Santa Catarina são seguras?

Sim. As duas vacinas já tiveram os resultados apresentados à Anvisa e foram aprovadas pelo órgão para uso emergencial no Brasil. As duas precisam de duas doses para imunização da população. A CoronaVac, produzida pelo laboratório Sinovac e pelo Instituto Butatan, apresenta 50,38% de eficácia em pacientes com sintomas leves; 78% em casos de internação e 100% de eficácia para casos graves e mortes. A AstraZeneca, elaborada pela Universidade de Oxford e pela Fiocruz, pode apresentar eficácia entre 62% e 90%.

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Posso desenvolver HIV ou H1N1 se tomar a vacina?

Não. É extremamente seguro tomar a vacina. Todas as vacinas testadas apresentam no máximo efeitos colaterais bem leves. Não tem nada a ver com HIV ou H1N1. São vírus completamente diferentes e nenhuma dessas vacinas contêm vírus vivo.

Daniel Mansur, UFSC

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A vacina pode alterar meu DNA?

Nenhuma vacina de RNA se incorpora no DNA. O RNA é um mensageiro que vai instruir a produção de proteínas do vírus pelas células do indivíduo, para que o sistema imunológico aprenda a reconhecer este patógeno e gerar uma resposta previamente à infecção natural. Para isso, o RNA exerce suas ações em uma região da célula (citoplasma) que não tem contato com o DNA. O material genético (DNA) fica “protegido” dentro do núcleo das células e não entra em contato com o RNA da vacina.

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André Báfica, UFSC

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Quanto tempo depois de tomar a vacina eu estarei imunizado?

Depois de tomar a segunda dose, após 15-20 dias, estudos mostram já a soroconversão, ou seja, a detecção de anticorpos, caracterizando imunidade contra a Covid-19.

Lúcia Abel Awad, USP

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Quais são os efeitos colaterais que podem ocorrer após a vacina?

O especialista Fonseca relembra que a lista dos efeitos colaterais está nas bulas de cada vacina desenvolvida. Elas foram testadas e cada vacina liberada de forma emergencial tem um rol de efeitos colaterais descritos na bula. A maioria dos efeitos descritos pelos participantes da fase 3 dos ensaios clínicos são efeitos leves, como inflamação e dor no lugar da injeção, febre, dor no corpo, dor muscular, dor de cabeça e sintomas semelhantes a de uma gripe. Os efeitos colaterais mais severos, que chamamos de medianos, como mal-estar, vômito e febre muito alta, são efeitos muito raros. Até agora, enquanto não se resolve as questões dos óbitos de um grupo de idosos na Noruega depois de tomar a vacina da Pfizer, não há nenhum registro de efeitos colaterais graves entre as milhões de vacinas já aplicadas no Mundo. Mansur afirma que é possível o desenvolvimento de reações alérgicas, mas é muito raro e não foram detectadas em ensaios clínicos com milhares e milhares de pessoas. As alergias são inesperadas, assim como uma pessoa que é alérgica a dipirona ou penicilina, é praticamente impossível de saber até a pessoa entrar em contato com a substância.

Daniel Mansur, UFSC e Flávio Fonseca, UFMG

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Quem se vacinou pode andar sem máscara?

Quem se vacinou tem que continuar usando máscara SIM, fazer uso do álcool gel e distanciamento! Não sabemos se a vacina irá resultar em uma imunidade esterilizante, ou seja, se a pessoa que tomou a vacina não transmitirá mais o vírus. Temos que aguardar os testes clínicos das pessoas que já receberam as vacinas e verificar os resultados.

Lúcia Abel Awad, USP

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Vou ter que tomar a vacina todo ano para ficar imunizado?

Como os estudos de imunização são recentes, ainda não temos resposta para estas perguntas.

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André Báfica, UFSC

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Que teste devo fazer para saber se tenho anticorpos contra Covid?

Para se descobrir se a vacina gerou a imunidade adequada, o teste que deve ser feito é a sorologia, ou seja, o teste que detecta a presença de anticorpos contra a proteína do SarsCov-2, que é o vírus que causa Covid-19. É possível coletar sangue em laboratório ou realizar o teste rápido. Awad alerta para a baixa eficácia dos testes rápidos.

Flávio Fonseca, UFMG e Lúcia Abel Awad, USP

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Quando poderemos parar de usar máscara e voltar a ir em festas e bares?

Somente quando todos forem vacinados e nós tivermos os resultados de queda expressiva de casos ou ausência de novos registros. Isto deve acontecer somente a partir do início de 2022. Enquanto não tivermos a queda de casos e mortes a partir das vacinas que estão sendo aplicadas, devemos continuar com as medidas preventivas. O uso de máscara deverá ser adotado pelos próximos anos.

Lúcia Abel Awad, USP

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Revisão de Texto Desenvolvimento Web Ilustração
Lucas Paraizo Maiara Santos Ben Ami Scopinho

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