O tio do menino de dois anos que ingeriu cerca de 20 pontos de LSD, uma potente droga alucinógena produzida em laboratório, deve ser indiciado por pelo menos dois crimes: expor a vida de alguém em perigo iminente e lesão corporal. A mãe, que deixou a criança sob os cuidados do tio, não deve ser responsabilizada.

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Desacordada, a criança teve de ser internada às pressas no Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, em Joinville, há dez dias, com convulsões. Ela já está com a mãe, em casa, mas continua sob avaliação médica.

Segundo a delegada Marilisa Boehm, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), está claro que o tio colocou em risco a vida da criança. Para esconder a droga dos pais, ele tirou o LSD da gaveta, enrolou os pontos em um cobertor e deixou tudo sobre a cama.

Se for condenado pelos dois crimes, ele pode pegar até quatro anos de prisão. Uma cópia do inquérito também foi encaminhado à delegacia de área, na região Oeste, para apurar a origem da droga que estava na casa.

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Os laudos do IML e o acompanhamento médico vão apontar se há alguma sequela na saúde do bebê.

Droga alucinógena

O LSD é a sigla de Lysergsäurediethylamid, palavra alemã para a dietilamida do ácido lisérgico, que é uma das mais potentes substâncias alucinógenas. Os pontos reduzem grandes alterações no cérebro, atuando diretamente sobre o sistema nervoso e provocando fenômenos psíquicos, como alucinações, delírios e ilusões.

É uma substância sintética, produzida em laboratório, que adquiriu popularidade na década de 60, quando não era vista como algo prejudicial à saúde