Desde que o Brasileirão começou a ser disputado por pontos corridos, esta é a temporada de pior início dos catarinenses na Série A. Dos 18 pontos disputados por times do Estado, só um foi conquistado. O empate da Chapecoense com o Coritiba na primeira rodada é o melhor resultado de SC até agora. O ano de 2014 tinha tudo para o Estado brilhar no futebol nacional, afinal são três representantes na elite, ficando atrás apenas de São Paulo, com quatro.
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Apesar da situação ser de alerta, começar tão mal não é certeza de rebaixamento. Um exemplo disso é a temporada de 2009, quando o Avaí conquistou apenas quatro pontos de 18 disputados (todos com empates) e no final do campeonato terminou em sexto, a melhor campanha dos catarinenses na Série A em todos os tempos. Veja abaixo as outras temporadas da elite do futebol brasileiro desde 2003 e o aproveitamento dos times de SC na disputa dos primeiros 18 pontos.
A opinião de quem entende
Remato Semensati, comentarista da Rádio CBN Diário
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Esse começo de Série A está preocupante para os times de Santa Catarina. Evidentemente, há tempo para reagir – afinal, foram só duas rodadas -, mas tem que começar agora. Por isso esse jogo entre Figueirense e Criciúma, no domingo, é tão essencial. Quem vencer, respirará um pouco mais aliviado na tabela enquanto coloca o outro no fundo do poço. Acho que o que falta ao Figueirense é atitude, demonstrar um pouco mais de interesse. Com a Chapecoense e o Criciúma a situação é um pouco melhor: a evolução que eles têm mostrado até agora precisa continuar.
Paulo Branchi, narrador da Rádio CBN Diário
Assusta o inicio do Brasileiro, mas ainda não há motivo para desespero, apesar da dificuldade de se manter na Série A. Dos seis jogos dos catarinenses, apenas dois foram disputados em casa, o que aumentou a dificuldade. O Tigre e a Chape tiveram bons desempenhos e mostram evolução, mas estão com times em formação e apresentam carência ofensiva. Já o Figueirense, além de perder, não conseguiu jogar. E este é o maior problema porque tira a confiança. Todos precisam de reação, mas sem precipitações para não piorar a situação.
Cleiton César, narrador e comentarista da RBS TV
A largada foi muito aquém do esperado. Ainda é cedo, mas esse início confirma que o Campeonato Catarinense não é parâmetro e que os nossos times precisam melhorar muito. Os clubes precisam mobilizar as torcidas e, nos jogos em casa, mostrar força. Todo desafio no Heriberto Hülse, no Orlando Scarpelli e na Arena Condá deve ser encarado como decisão. A força das torcidas tem que fazer a diferença.
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Marcos Castiel, editor de esportes do Diário Catarinense
Não existe nenhuma saída milagrosa para resolver esta situação preocupante. Todos sabem que contratar não é algo ao alcance do nível de investimento de Criciúma, Figueirense e Chapecoense. Pelo menos em relação a nomes que possam deflagra uma mudança urgente. Então o que sobra? Ora, mudança de postura. Querer mais, lutar mais, brigar mais, para que a diferença técnica seja amenizada. Tigre e Chape estão nesse caminho, mas o Figueira se divorciou da raça e da garra que o levou ao título Estadual.
Gilberto Custódio, comentarista da rádio Eldorado de Criciúma
Assisti aos dois jogos da Chapecoense e o time é fraco e precisa se qualificar. No Figueirense acho que a situação é uma questão de tempo, afinal não é possível que os jogadores que foram campeões do Catarinense tenham desaprendido. Já o Criciúma não deve trocar de técnico como se especula, afinal, a maioria dos jogadores foi indicada por Caio Júnior. Martinez, Wellington Bruno, Rodrigo Souza e Cristiano são alguns deles. O que falta é uma voz da direção no vestiário.
Acompanhe a linha do tempo abaixo com o histórico de todas as divisões dos cinco grandes de Santa Catarina!
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