Time feminino elege os melhores e os piores uniformes da Copa

Um time de especialistas em moda foi convocado por Zero Hora para opinar sobre os uniformes das 32 seleções que disputarão a Copa do Mundo no Brasil. As camisetas de Brasil e França destacam-se. Confira todos os modelos e, abaixo, os veredictos:

Mariana Kalil, editora da revista Donna

Top 3

Brasil (modelo verde)

A Seleção Brasileira tem três camisas: amarela, azul e esta verde floresta. Muito me entristece saber que só poderá usar duas no Mundial – e que é certo que o modelo verde, considerado o terceiro uniforme, justo o mais lindo, ficará de fora. O floresta é o tom de verde mais elegante que existe, e o design desta camisa, com o brasão em tom dourado, traz um equilíbrio sofisticado e discreto.

Holanda

O laranja da seleção holandesa é um clássico. Na minha opinião, a única camisa de todas as seleções que conseguiu ultrapassar as fronteiras do futebol e adquirir status de peça de moda tanto para homens como para mulheres.

França

Como não festejar essa camisa estilo polo da seleção francesa com o tom de azul mais chique que desfilará nesta Copa? Só podia vir do berço da moda a ideia de um uniforme discreto, harmonioso e sem nenhuma afetação.

Os 3 terrores

Equador

Amarelo canário já é um tom meio difícil de combinar. Só piora quando recebe a companhia de vermelho e azul. Se essas eram as cores obrigatórias, ao menos os detalhes em azul podiam ser mais discretos – e o vermelho limitar-se ao brasão do país.

México (vermelha)

A escolha de um tom melancia pela equipe mexicana, com este desenho frenético em preto que mais parece um eletrocardiograma, faz deste segundo uniforme dos mexicanos um dos maiores desastres da Copa. Se o tom do vermelho fosse um pouco mais fechado e o eletrocardiograma desaparecesse do mapa, o resultado seria bem diferente.

Bósnia (roxa)

A Adidas anunciou acordo com a Bósnia para vestir a seleção do país na Copa. O que era motivo de sonho virou pesadelo. Só queria entender qual designer/estilista/modista em sã consciência elege o roxo total para entrar em campo?

Gabi Chanas, editora online do Donna

Top 3

Brasil

Aprecio o esforço de fazer uma gola diferente, que fica no limbo entre o moderno e o vintage. Quem coleciona, não vai ficar com um modelo “mais do mesmo” no armário. Quem virá de fora, ou comprará a camisa do Brasil simplesmente para celebrar a Copa de 2014, também terá um exemplar limpo, com as cores do país bem distintas e com um shape diferenciado das demais.

Gana

Muito bacana ver toques étnicos na camiseta da seleção do país. Com o colorido restrito à gola e o corpo branco, a mistura ficou em excelente proporção. Camarões também apostou no étnico, mas pesou demais a mão. Gana acertou a dose entre o esportivo e o comemorativo.

França

É meu modelo preferido de camiseta de futebol. A gola polo dá um ar de sofisticação e realeza – tudo a ver com o uniforme de poucos eleitos como os melhores de um país. Sem grandes frufrus, a camisa vem com corpo liso e detalhe de cor apenas na gola. Da terra de Coco Chanel saiu outro clássico.

Os 3 Terrores

Croácia

O modelo número 2 é melhor que o 1, pois aproveita o quadriculado do brasão do país de uma forma mais inteligente. Na camiseta principal, o quadriculado fica parecendo uniforme de Fórmula-1 ou toalha de piquenique. Fora que, em campo, deve dar uma dor de cabeça danada no telespectador vendo esses quadradinhos todos se mexendo.

México

Os raios atravessados na horizontal deram cara de uniforme dos Power Rangers para a camiseta. O modelo é poluído em listras para todos os lados. Se a parte inferior aos raios fosse lisa, sem padronagem, certamente a camiseta seria mais bonita.

Nigéria

Outro exemplo de festa das listras. Tem elementos demais em um pedaço de pano muito pequeno. Também neste caso volto a apostar em vertigens no torcedor que estiver de olhos vidrados acompanhando os movimentos de um jogador.

Fernanda Pandolfi, da coluna Rede Social

Top 3

Brasil

A camisa canarinho é um clássico do futebol mundial. Em especial no novo uniforme, o escudo ganhou costuras em ouro metálico puxando o tom do amarelo para dourado. Vai ajudar nossos jogadores a brilharem em campo.

Portugal

Segundo os estilistas da Nike, as listras horizontais que vão aumentando em diferentes tons de vermelho combinam com o ritmo de jogo da equipe. E o detalhe em verde na gola em V fechou discretamente com o contexto. A torcida feminina deve concordar que o charme extra fica por conta do modelo principal do time: o craque Cristiano Ronaldo.

França

A camisa da França é a minha preferida. A Nike apostou em um azul mais escuro e no visual retrô, salientando o escudo com o galo, que faz alusão à seleção da Copa de 1958. O modelo oficial poderia, perfeitamente, ser usado para um passeio de final de semana ou uma festa informal.

Os 3 Terrores

Croácia

O estilo tabuleiro de xadrez, tradicional nos uniformes da Croácia, veio com quadrados que parecem ser ainda maiores que nas versões anteriores. O número no centro da camisa, destacado em azul, tornou mais poluído o visual do uniforme. É de deixar tonto quem assiste aos jogos pela televisão.

Honduras

Faltou tempero na camisa do Honduras. Sem cor e sem detalhes, o logo – que não tem nada de especial – ganhou muito destaque. A Joma poderia ter trabalhado melhor as estrelas azuis da bandeira do país, como em edições anteriores.

Costa do Marfim

O corte das camisa da Puma com as manga mais justas e longas do que as outras marcas esportivas e a gola arredondada não é o mais interessante esteticamente. Tampouco parece favorecer o movimento dos jogadores. Uma boa ideia teria sido explorar melhor o elefante, símbolo do país, e apostar em um tom de laranja mais vivo.

Roberta Weber, consultora de moda

Top 3

Croácia

Diferente e ousada. Valoriza bem as cores e formas da bandeira, muito bem explorada pelo time de design da Nike.

Espanha e Portugal

Equilibram bem o moderno com o tradicional. São icônicos e fortes, mas com detalhes inovadores. Os desenhos gráficos são atuais, mas balanceados pelos belos brasões que emprestam um ar imponente.

Holanda

Simples e bonito, o bloco de cor chama atenção e é elegante.

Os 3 Terrores

Colômbia

O amarelo com desenhos gráficos pretos realmente não me agrada. Não funcionou bem.

Equador

Achei o design pouco inspirado.

Irã

Tentativa válida com o desenho de onça, mas ficou com aspecto amador.

Patrícia Pontalti, consultora de moda

Top 3

Brasil

A camisa oficial trabalha de forma harmônica com o verde a amarelo, tem corte sequinho e elegante e um decote V cheio de charme, que também colabora para alongar a silhueta, proporcionando um shape requintado.

Camarões

Amei a de Camarões, que traz uma bela e discreta estampa étnica, padronagem em destaque na moda, belos brasões e um lindo tom de verde. As inserções bem pontuadas de vermelho valorizam a modelagem mais ajustada. Bem contemporânea. Nesta linha, curto também a de Gana.

Croácia

Arrojada e vibrante, mas sem perder a elegância. Acho interessante o uso de xadrez, que é um clássico, mas também uma forte tendência de 2014.

Os 3 Terrores

Achei sem graça, sem nada de novo, as camisas da Colômbia, da Alemanha e, pasme, da França. Embora seja bonita, achei lugar-comum demais para um país com tanta tradição em moda.