Time de Romário vence partida beneficente na Barra da Lagoa, em Florianópolis

Nem o aguaceiro que quase transformou o campo do Barrense, em Florianópolis, em lagoa impediu que o futebol solidário marcasse mais um golaço. Em época de tainha na Barra da Lagoa, o peixe que brilhou vestia a camisa 11.

Romário, ainda com faro de artilheiro e nadando entre as poças, foi o nome da partida beneficente para arrecadar fundos para a pesquisa a favor da ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica).

Deputado federal pelo Rio de Janeiro e cada vez mais engajado nas causas dos deficientes – o ex-jogador tem uma filha de nove anos com Síndrome de Down -, Romário usa da imagem para que a doença, que atinge de 12 a 15 mil pessoas, seja mais pesquisada.

Foto: Cristiano Estrela, Agência RBS

– A nossa política pública não é preparada e nem voltada para isso. Nosso objetivo é arrecadar R$ 1 milhão para o uso em experiência com células-tronco – explica.

Mesmo com os 5 a 1 para o time de Romário dentro de campo, o principal objetivo já tinha sido conquistado conquistado. Segundo o vereador Ed, organizador da pelada, cerca de R$ 40 mil, junto à empresas privadas e câmara municipal, foram arrecadados para ajudar na pesquisa.

Quem foi ao campo do Barrense, além das mini arrancadas de Romário, também conseguiu ver a habilidade de Felipe, que se aposentou neste ano, a qualidade de Balduíno, a fanfarronice do ex-boxeador Popó, que tentou até fazer gol de bicicleta e a narração afônica e emocionante do palhaço Chupetão, que fez a galera rir o jogo todo. Deixou o dele, é claro No intervalo, após o placar em branco, Romário confirmou:

– Vou fazer o meu, é claro – e ele cumpriu.

Foto: André Podiacki, Agência RBS

No início do segundo tempo, o Baixinho recebeu dentro da área e chutou firme, no alto, para abrir o placar – antes Sérgio Lobo, ex-Figueira, havia perdido um pênalti.

O time Amigos do Romário tinha Agnaldo Liz, Felipe, Alex Dias e Popó, e mostrou mais carinho no trato com a bola, enquanto a Seleção Contra ELA, com atletas do Barrense e de Fabio Machado, colunista da Paixão Azurra na Hora, abusou dos gols perdidos.

“Essa Copa é uma vergonha”

Antes da Partida, Romário falou sobre os jogos festivos, o combate à ELA e claro, sobre a Copa.

Confira alguns trechos

Hora – Que imagem o Brasil passará com a Copa?

Romário ?– Muitos vão continuar achando que o Brasil é o país da festa, do samba, do carnaval, das belas mulheres. Mas essa Copa é uma vergonha para a nação pelo tanto que estão roubando. Gastar mais de R$ 1 bilhão com estádios em Natal, Cuiabá e Brasília é desnecessário.

Hora – Como é jogar com os colegas deputados ex-jogadores?

Romário – Se não fosse ele (o ex-goleiro Danrlei, deputado no Rio Grande do Sul) eu teria feito 2 mil gols. Se os zagueiros não deixarem eu fazer gol, eu falo que o Popó vai descer a porrada neles (risos). O mais importante é que a gente dá visibilidade a essa causa.

Foto: Marco Favero, Agência RBS

Hora – Falta conhecimento sobre a ELA no Brasil?

Romário – A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma das doenças menos conhecidas do brasileiro. Recentemente perdemos o Whashinton, ex-jogador do Fluminense que fez dupla com o Assis, com essa doença.

Hora – Como é possível ajudar essa campanha contra a Esclerose Lateral Amiotrófica?

Romário – As pessoas que tem a doença possuem uma conta e uma galera que trabalha comigo monitora. Dá para saber mais no site www.movela.org.br.