Atleta por atleta, o time de basquete de Jaraguá do Sul começa a ser formado. Desde semana passada, as jogadoras estão chegando na cidade para começar os treinos. No próximo dia 5, a equipe estará completa para a estreia na Liga Nacional, no dia 13, contra o Maranhão Basquete, na casa do adversário. O time foi criado por meio da Associação Jaraguaense de Pais e Amigos do Basquetebol, com o objetivo de dar continuidade ao trabalho de base desenvolvido na cidade.

Continua depois da publicidade

Durante os últimos meses, o maior desafio foi encontrar os patrocinadores para a equipe. Até agora, cerca de nove empresas estão apoiando o projeto, mas ainda falta o patrocinador máster.

– A comunidade jaraguaense abraçou o projeto do basquete e acredito que vamos conseguir. Para as viagens da competição, os patrocinadores do evento bancam o deslocamento da equipe – explica o técnico do time, Júlio Patrício.

Na próxima semana, a equipe será apresentada à comunidade e terá dez dias de treinamento antes da estreia. Segundo o técnico, nove atletas já atuam profissionalmente e três são da base de Jaraguá do Sul. A casa do time será o ginásio Arthur Müller e, caso o time prossiga na competição, a Arena Jaraguá será utilizada.

Continua depois da publicidade

Uma das primeiras atletas a chegar foi a ala/pivô Leidy Ferreira (ex-Rio Claro) de 23 anos, natural de Jataí (GO). Com lesão no joelho, ela estreia apenas no terceiro jogo. Leidy afirma que aceitou o desafiou por confiar no técnico. Ela acredita que, apesar das outras equipes terem jogadoras mais experientes, Jaraguá do Sul tem atletas mais novas, que estão motivadas a fazer bonito na competição.

Além dela, a pivô Mônica Nascimento (ex-Ourinhos Basquete), de 23 anos, natural de São Paulo, também compôs a equipe na semana passada. Mônica joga profissionalmente há três anos.

– Somos uma equipe nova e vamos ter apenas dez dias de treino juntas, mas as meninas mais velhas já jogaram entre si e as da base têm bastante entrosamento. Viemos para incomodar, vamos dar trabalho – brinca.

Continua depois da publicidade

A terceira atleta é a jaraguaense Ângela Paradzinski (ex-Bradesco/Osasco), de 18 anos.

– Estou contente em retornar. Me sinto acolhida. Meu sonho é ser uma atleta de alto rendimento – destaca.

A experiência deve ajudar o grupo

Em meio a tantas atletas novas, o técnico Júlio Patrício aposta na tranquilidade da cubana Yulli Cruz (ex-Ourinhos Basquete) para controlar as emoções das novatas. Com 32 anos de vida e 17 de basquete, Yulli enfrentou muitos desafios antes de aceitar o projeto de Jaraguá do Sul. Aos 26 anos, em um pré-olímpico no Chile, ela abandonou a delegação cubana para viver de esporte. Ficou três anos no país vizinho, antes de jogar em solo brasileiro. Já morou em Blumenau, Catanduva, Guarulhos e outras cidades.

– Tive muitos momentos difíceis por causa do basquete, fiquei seis anos sem ver minha mãe. Mas levo para quadra os momentos positivos para buscar a vitória na vida e no jogo – afirma.

Continua depois da publicidade

A pivô de 1,85 metros aposta no projeto por conhecer o trabalho do técnico e acreditar no potencial do basquete brasileiro. Segundo Yulli, muitos times começam e acabam porque falta investidores.

– O basquete brasileiro tem um história bonita, uma seleção campeã. Precisamos divulgar a modalidade para buscar mais apoio e para os times não acabarem – destaca.