Executivo e graduado na área de negócios, Igor Rick se juntou aos irmãos publicitários Bruno e Breno Takahashi, fundadores do Rex, na missão de profissionalizar a equipe. É da cabeça deles, no escritório do time em Timbó, ao lado dos troféus que já acumulam nos últimos anos, que sai a estratégia de sucesso do Timbó Rex.

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Veja mais: A trajetória que transformou Timbó na casa do futebol americano

Timbó Rex: a paixão pelo futebol americano que virou fenômeno

– Alguns anos atrás a gente ainda trabalhava no Rex só nas horas vagas. Agora a administração já está quase profissional. É demorado porque é difícil largar o emprego e trabalhar aqui o tempo inteiro, não tem retorno ainda. Mas estruturamos para chegar nisso um dia – explica Rick.

Hoje o T-Rex tem cerca de 60 atletas no elenco, a maioria do Vale do Itajaí, resultado da vinda de jogadores de times extintos, como o Bárbaros do Vale. Há também as escolinhas que criam futuros talentos na base, uma em Timbó e outra em Blumenau. Juntam-se também pessoas que vêm do Brasil inteiro jogar com o Rex, todos sob o comando do técnico Amadeo Salvador. Poucos vivem do futebol americano, mas o time dá auxílio com bolsas de estudo em parceria com a Uniasselvi, ajuda quem vem de fora a encontrar emprego em Timbó e dá alojamento em duas estruturas próprias do clube.

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– Todo ano tentamos trazer também alguns americanos, eles são pagos e trabalham na equipe, ajudando a analisar e criar jogadas. Esse ano ainda não contratamos nenhum, mas estamos em contato para o campeonato nacional – diz Rick.

O custo para manter o time, de acordo com a diretoria, fica entre R$ 15 mil e R$ 20 mil mensais. A prefeitura de Timbó, por meio da Fundação Municipal de Esportes (FME), dá um aporte de R$ 35 mil por ano ao clube, além de ceder sem custos o estádio para jogos e treinos e, em situações pontuais, ajudar com o transporte da equipe em viagens. Outros patrocinadores ajudam financeiramente e aumentam a visibilidade da marca Rex, como o Shopping Park Europeu, de Blumenau, e a marca de roupas Kyly, de Pomerode.

– Santa Catarina hoje não fala mais em milhares, fala em milhão quando se trata de futebol americano. Os times já têm custos elevados, patrocínios fortes e programa de sócio-torcedor – ressalta o presidente da Federação Catarinense de Futebol Americano, Ricardo Pizetta.

A importância

do marketing

Publicitário, Bruno Takahashi deixa clara a importância que o Rex dá para o marketing. Desde a reestruturação da marca em 2012, quando o time mudou o nome de Timbó Rhinos para T-Rex, tudo foi criado pensando em uma marca atrativa, das cores ao desenho nos produtos:

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– Quando lançamos o Rhinos simplesmente pensamos “rinoceronte tem força, bate, é isso”. No fim de 2011 tivemos um incômodo com o nome, tinha Rhinos em vários outros lugares. Colocava no Google e vinha vários resultados diferentes. Aí começamos um branding, pesquisamos bastante e chegamos ao Rex, nome de um rei, pré-histórico, não havia outro no Brasil e ainda combinava com o Timbó, virava T-Rex. O mesmo para as cores, teve todo um estudo para chegar ao preto e vermelho.

Na luta pelo bicampeonato

No domingo o Timbó Rex decide o SC Bowl, o Campeonato Catarinense de Futebol Americano, diante do White Sharks Istepôs, time de São José. As equipes vêm invictas e com campanhas parecidas, mas o Timbó tem números melhores e defende o título de atual campeão. O duelo começa às 15h, no Complexo Esportivo de Timbó.

– O White Sharks Istepôs cresceu muito depois da fusão (antes existiam Itapema White Sharks e São José Istepôs) e vai fazer jogo duro contra o Rex. A final mostra bem a evolução de Santa Catarina, com dois times que vão disputar a Superliga Nacional – destaca Ricardo Pizetta.

Com ingressos custando R$ 15 e portões abertos às 10h para um Stammtisch entre os torcedores, o domingo vai provar que Timbó é a capital do futebol americano em SC.

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