A TIM está à procura de um sócio brasileiro para se fortalecer frente aos gigantes em formação no mercado nacional. A busca se deve à participação da Telefônica na controladora da TIM no Brasil, a Telco.
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Na quarta-feira, o grupo espanhol Telefônica comprou a parcela da Portugal Telecom na BrasilCel, controladora da Vivo. Os portugueses, com parte dos 7,5 bilhões de euros da venda, adquiriram 22,4% da Oi, mantendo-se no mercado brasileiro. Como os negócios precisam passar por órgãos de regulação, existe a chance de a Telefônica ser obrigada a vender a fatia de 46,2% que tem na Telco. O intuito seria evitar excesso de concentração no mercado.
Prevendo que esse imbróglio teria de ser resolvido, executivos da Telecom Italia, dona da TIM, procuraram o Planalto há cerca de seis meses dizendo que estavam à procura de um sócio brasileiro. Segundo fonte do setor, ainda “não tinham esse empresário”.
Teriam sido feitas tentativas com investidores da construção civil, mas a estratégia não foi bem-sucedida devido à preocupação dos empresários de entrar em área que exige capital intensivo. O governo brasileiro avisou que não vai injetar dinheiro na TIM por meio de bancos estatais.
Uma das opções da Telecom Italia para manter suas operações no Brasil, segundo essa fonte, é recuperar a posição perdida na holding italiana em abril de 2007. Sem um investidor brasileiro no radar que pudesse se tornar sócio da TIM, uma das alternativas seria a entrada da francesa Vivendi, que adquiriu no fim do ano passado a GVT. Dessa forma, o novo grupo poderia ofertar no Brasil pacotes convergentes de telefonia fixa, móvel, banda larga e TV por assinatura, competindo, assim, com Oi, Telefônica e o conglomerado Net/Embratel/Claro.
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