O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, continuava nesta terça-feira em Doha a mediar a crise do Golfo, após ter constatado a complexidade da disputa entre o Catar e seus adversários árabes sobre o apoio a grupos extremistas e as ligações com o Irã.
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“Espero que possamos fazer progressos” em vista de uma saída da crise, declarou Tillerson após uma reunião com o emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al-Thani.
“Acredito que o Catar foi muito claro em expor suas posições e acho que é muito razoável”, afirmou em Doha, onde chegou a partir do Kuwait, a primeira etapa de sua viagem. Ele ainda visitará a Arábia Saudita.
No entanto, sua comitiva não esconde a escala da crise, a mais grave dentro do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG – Arábia Saudita, Catar, Omã, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait) desde seu nascimento em 1981.
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Líder das ricas monarquias árabes do Golfo, a Arábia Saudita, junto com Bahrein, Emirados Árabes Unidos e seu aliado egípcio, rompeu com o Catar em 5 de junho e impôs sanções econômicas.
Para normalizar a situação com o Catar, que nega qualquer apoio ao “terrorismo”, os quatro países entregaram em 22 de junho uma lista com 13 exigências, incluindo o fechamento da televisão Al-Jazeera e de uma base turco, bem como uma revisão dos vínculos com o Irã xiita, principal rival regional sunita da Arábia Saudita.
Doha rejeitou as imposições, considerado que violavam a sua soberania.
* AFP