O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, declarou nesta quinta-feira (26) que Bashar al Assad não tem futuro como presidente da Síria e que ele terá que deixar o cargo no contexto de um processo de paz mediado pela ONU.
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As declarações de Tillerson à imprensa aconteceram durante uma visita a Genebra na qual ele se reuniu com o enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, que tenta organizar uma nova rodada de negociações de paz a partir de 28 de novembro.
Tillerson disse que a política de Washington não tinha mudado, embora suas declarações tenham incluído uma linguagem mais dura do que a até agora usada pelo governo americano, que no passado disse que o futuro de Al Assad não era a questão prioritária.
“Não acreditamos que haja um futuro para o regime de Al Assad ou para a família Al Assad”, disse Tillerson.
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“Já disse isso várias vezes. O reinado da família Al Assad está chegando a seu fim, e a única questão agora é saber como ele será”, acrescentou.
Bashar al Assad, com a ajuda militar da Rússia e do Irã, não abandonou o poder do país desde o início da guerra civil, em 2011, e afirma reiteradas vezes que não renunciará por pressão dos rebeldes, que qualifica de “terroristas”.
Várias potências ocidentais, a oposição síria e os países árabes vizinhos da Síria acusam a Al Assad de ser responsável pelas 330.000 mortes resultantes do conflito.
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Durante a presidência de Barack Obama, os Estados Unidos afirmaram em várias ocasiões que os dias de Al Assad à frente da Síria estavam contados, mas preferiu não recorrer a ataques militares depois que Damasco usou armas químicas.
* AFP