A Justiça negou pedido para troca do local do júri de Tijucas para Florianópolis da acusada de matar uma grávida em Canelinha, na Grande Florianópolis. A decisão foi expedida na terça-feira (19) pela 3ª Comarca da Capital. A sessão está marcada para novembro e a decisão cabe recurso.
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A defesa entrou com o pedido argumentando a existência de dúvidas sobre a imparcialidade do corpo de jurados e o risco à segurança da acusada.
Para o desembargador Leopoldo Augusto Brüggemann, relator da matéria, não há provas concretas que indiquem os jurados agiriam de forma imparcial. Ele também rebateu a fala da defesa sobre a segurança da acusada.
“Por outro ângulo, também não há qualquer indicativo de que a comarca, ainda que pequena, não possua a estrutura necessária para realização do ato – que será praticamente exclusivo às partes (permitida a entrada de apenas dois familiares da vítima e da acusada) -, de forma a colocar em risco a segurança pessoal da requerente”, anotou o relator.
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A reportagem procurou a defesa da mulher, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
Relembre o caso
O crime aconteceu em agosto de 2020. Segundo a denúncia do Ministério Público, a acusada, que simulava uma gravidez, convidou a amiga gestante para um chá de bebê.
> O que se sabe sobre o assassinato da grávida em Canelinha um ano após o crime
A vítima foi levada para uma cerâmica abandonada em Canelinha onde foi morta golpeada com um tijolo. A acusada fez o parto improvisado do bebê e foi descoberta quando chegou ao hospital.
A mulher será julgada por tentativa de homicídio contra um bebê, parto suposto, ocultação de cadáver, fraude processual e subtração de incapaz.
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