Bom ou ruim, o cenário macroeconômico não vai impedir a Tigre, líder nacional na fabricação de tubos e conexões, de continuar investindo. Somente neste ano, a multinacional joinvilense vai direcionar cerca de R$ 260 milhões – volume parecido ao destinado em 2014 – para a ampliação da sua capacidade de produção e renovação tecnológica.

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Outras frentes incluem aplicação de recursos nas áreas de segurança do trabalho, marketing, inovação e relacionamento com o cliente, informa o presidente Otto von Sothen.

– Desenhamos o plano de acordo com nossos objetivos e o potencial que identificamos nos mercados do Brasil e do exterior, mas também levando em consideração o atual momento que o País atravessa – explica.

E, se o mercado interno está desaquecido, uma boa saída pode ser apostar nos negócios no exterior. Em fevereiro, a Tigre abriu uma nova fábrica no Peru, com investimentos superiores a US$ 30 milhões – cerca de R$ 91,5 milhões. A nova unidade, instalada no distrito de Lurin, distante 32 km da capital Lima, tem 80 mil m2 e dobrou a capacidade de produção de tubos, conexões e acessórios feitos no Peru, agora em 45 mil toneladas por ano.

O investimento é estratégico. A moderna planta, construída sob padrões de sustentabilidade – que incluem aproveitamento de resíduos, tecnologias para reduzir o consumo de água e energia e linhas de extrusão automatizadas -, unifica as duas operações da Tigre até então existentes no Peru.

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A empresa entrou no Peru em 2008 após comprar a Plástica, uma marca popular de tubos e conexões e, em 2013, incorporou a Matusita, também do mesmo segmento, só que com linhas de produtos premium. De acordo com Sothen, o Peru é importante para os negócios da Tigre pelas oportunidades que reserva para as empresas da construção civil.

Espera por decisão do Cade

A Tigre ainda aguarda o desfecho de um importante investimento realizado em 2014. Em outubro, a empresa anunciou a compra da unidade de pincéis da Condor, uma das maiores fabricantes de escovas de dente e cabelo do País, com sede em São Bento do Sul.

A aprovação da transação, avaliada em R$ 42 milhões, ainda está sendo analisada pelo Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade).

A multinacional já tem uma operação de pincéis com mais de 2 mil itens, divididos nas linhas artística, artesanal, imobiliária e escolar.

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A aquisição, se confirmada, vai ampliar ainda mais a oferta de produtos da empresa neste novo segmento.

– Os investimentos são voltados para expansão. Buscamos a liderança em todos os mercados onde atuamos – diz o presidente da empresa.