Os marinheiros Shilton e Tiagão, do basquete de Joinville, foram chamados e se apresentam nesta quarta-feira no Rio de Janeiro. A soberania nacional é ameaçada e eles prometem dar o sangue pelo País.

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Mas não é uma guerra que está começando. É a preparação para os Jogos Mundiais Militares, que se iniciam na capital carioca, no dia 16 de julho. Virão ao Brasil cerca de oito mil participantes de mais de cem países.

Somente a delegação brasileira contará com 268 atletas que competirão em todas as modalidades. No basquete, trincheira de Tiagão e Shilton, os treinamentos começam nesta quarta-feira.

Além dos pivôs Tiagão e de Shilton, que passaram por um processo de militarização para poder defender a equipe nacional, o ala Audrei representará Joinville na disputa. E o general das batalhas – ou melhor, o técnico – será Alberto Bial. Para fazer bonito em seus domínios, o Brasil montou uma seleção de respeito.

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Os joinvilenses terão a companhia de três atletas do Brasília, atual campeão brasileiro: Nezinho, Arthur e Rossi. O pivô Estevam, do Uberlândia, também foi convocado. Do Flamengo foram chamados Jefferson, Fred e Wagner.

A estreia do time brasileiro será no dia 17 de julho, contra a Lituânia. Até lá, a preparação será intensa. A equipe terá um mês inteiro para treinar e se acostumar a jogar junta. Nesse período, a intenção é realizar cinco amistosos, dois no Brasil e três na Argentina.

Na Marinha

Antes de poderem atuar pela seleção militar de basquete do Brasil, Shilton e Tiagão precisaram passar pelo processo de “militarização”. Por meio de edital, os dois seguiram os trâmites para se tornarem marinheiros.

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Além de envio de currículo para análise, eles passaram por testes de aptidão física, avaliações psicológicas e entrevistas. Tudo começou em janeiro de 2010. Agora eles terão a oportunidade de participar de um dos maiores eventos esportivos do mundo.

– Nunca participei de algo deste tamanho e é sempre um orgulho representar o nosso País – destaca o pivô Shilton.

Para ele, é difícil saber quem serão os adversários mais duros.

– Em vários países, os serviços militares são obrigatórios. Consequentemente, todos os atletas profissionais já são militares – explica.

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No ano passado, a equipe pôde ter a primeira experiência. No Mundial Militar de Basquete, que foi realizado na Coréia do Sul, a equipe ficou em terceiro lugar. A única derrota naquela ocasião foi para os donos da casa, que terminaram na primeira colocação.