Tentar sobreviver em meio a um apocalipse zumbi é sinônimo de tensão. Em The walking dead (TWD), a falta de paz já dura seis temporadas: quando a situação parece sob controle, o grupo liderado por Rick Grimes (Andrew Lincoln) é surpreendido por uma inusitada ameaça (seja viva ou morta). Mas é claro que tudo sempre pode piorar. Agora, os sobreviventes estão cara a cara com seu pior inimigo, o sádico e temido Negan (Jeffrey Dean Morgan). E a pergunta que assombrou os fãs da série nos últimos seis meses será respondida neste domingo, às 23h30min, quando a sétima temporada estreia na Fox: afinal, quem o vilão matou a pauladas com seu bastão de beisebol? Se você não quer spoilers, é bom parar de ler por aqui.

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(Foto: Arte ZH / Reprodução)

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Essa é a primeira vez que veremos o grupo de sobreviventes realmente sendo subjugado na trama. Não haverá truques: um (ou até dois!) personagens do núcleo principal deixará o seriado.

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TWD pode ser resumida em duas partes: antes e depois de Negan. Ele é realmente um divisor de águas, deixou claro que os sobreviventes não podem fazer nada. Mas Rick não deve se submeter indefinidamente às suas vontades — avalia Fausto Gabiou, fundador do portal The Walking Dead Brasil.

Mas as novidades desse novo ano não se resumem somente a intensa chegada do vilão. O Reino, comunidade liderada por Ezekiel (Khary Payton) — que é dono de uma tigresa de estimação, Shiva —, ganhará destaque na história. Aliás, a relação entre os os redutos de sobreviventes será ainda mais central no enredo, aposta Rafael Façanha, criador do portal Walking Dead Brasil:

— O tema geral dessa temporada é recomeço. O mundo é muito maior agora, e perigoso. Vão explorar mais ainda a ameaça humana e haverá conflitos entre as comunidades.

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Conquistando recordes de audiência ao redor do mundo, TWD é inspirada na história em quadrinhos escrita por Robert Kirkman. O que acaba suscitando debates a respeito do rumo da série: será que, assim como na HQ, Rick vai perder a mão? Apesar de os produtores desconversarem sobre o caso nas entrevistas — alegando que, na TV, seria difícil e caro manter um protagonista maneta—, uma cena prévia divulgada abre possibilidade para essa ligação direta com os quadrinhos — assim como quando Carl perdeu o olho.

Depois de 83 episódios, o desafio ainda é surpreender a base de fãs sem perder a essência da HQ. TWD já enfrentou altos e baixos no enredo, mas a oscilação não comprometeu o ritmo enérgico do seriado, opina Bruno Carvalho, editor do site Ligado em Série:

TWD já teve seus momentos de baixa, mas soube se reinventar e trazer arcos narrativos interessantes que cativaram o público graças à sua boa construção. O caso não é único, há também séries como Grey’s Anatomy, ER, The Vampire Diaries e Supernatural.

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Se a história manterá o alto nível na nova leva de inéditos ainda é impossível saber. O fato é que Greg Nicotero, Kirkman e os demais produtores executivos terão que abusar da criatividade para ultrapassar a marca de cem episódios: mesmo antes da estreia da sétima temporada, o oitavo ano já está confirmado.

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The walking dead conquistou milhões de fãs ao redor do mundo e, em Porto Alegre, a série apocalíptica também assegurou seus admiradores. No Facebook, o grupo The Walking Dead RS/Porto Alegre reúne quase 100 membros apaixonados pelo universo zumbi criado por Robert Kirkman. O fundador da comunidade, que existe desde 2012, é Marcelo Carvalho, publicitário gaúcho de 49 anos.

— Quando eu conheci a série, ela estava indo para a segunda temporada. Todo mundo começou a falar que estava assistindo, e como eu sempre gostei de ficção científica e terror, resolvi ver tudo em uma noite. Eram seis horas da manhã e eu queria mais — conta o fã.

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Fã Marcelo Carvalho caracterizado de Rick Grimes
Fã Marcelo Carvalho caracterizado de Rick Grimes (Foto: Camila Domingues / Especial)

Depois desse dia, Carvalho não parou mais. Virou espectador assíduo. Para trocar ideias sobre o assunto, buscou as redes sociais, mas não encontrou nada local. Daí surgiu a ideia de criar um grupo regionalizado e convidar os amigos. Hoje, a comunidade ultrapassou o círculo de relações do publicitário.

— A gente assiste e comenta online. Tentamos discutir as cenas e as tensões pós-episódio. Ainda não fizemos encontros ao vivo — diz Carvalho.

Para a nova temporada, a ansiedade é grande, ressalta:

— A proposta é que seja uma guinada para algo completamente diferente. Ainda não se sabe quem vai morrer. A expectativa é pelas mudanças, pelos novos personagens.

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THE WALKING DEAD

Estreia da sétima temporada neste domingo, às 23h30min (mesma noite de sua exibição nos Estados Unidos), no Fox Action (sem intervalos comerciais) e no canal Fox.

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