O adversário das 22h desta terça, no Beira-Rio, é o líder de um grupo que tem Santos e Inter. E os dois últimos campeões da Libertadores estão atrás de um time que, em seu país, vive uma crise devido à antepenúltima posição no Campeonato Boliviano. Fora de seus domínios, desfruta de invejáveis seis pontos depois de duas vitórias nos dois primeiros jogos do torneio (contra Santos e Juan Aurich). Como joga o The Strongest? Como jogará diante do Inter no Beira-Rio? Afinal, quem é o The Strongest?
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Até mesmo para a imprensa boliviana, ele se divide justamente entre o time aguerrido que conquistou seis pontos em dois jogos, na Libertadores, com o do fraco desempenho no Campeonato Nacional. Por um lado, se motra uma equipe com atitude, disposição, vontade de vencer e entrega até o final. Assim, venceu o Santos no último minuto. Por outro, apresenta desacertos táticos e qualidade técnica limitada que o levam ao pífio desempenho em seu país.
Segundo Rafael Sempértegui, do jornal La Razón, de La Paz, o The Strongest deste início de temporada ainda apresenta dúvidas na formação. E com média de duas partidas por semana, pode até mesmo aparentar certo cansaço em campo.
– Pode ser uma equipe cansada por ter muitos jogos seguidos, média de dois por semana. Tem problemas na formação, mas é um time guerreiro, que salva seus desacertos com atitude e concentração, e que vai para a “briga” – avalia Rafael. – Na Libertadores, tem dois resultados positivos, mas sofridos, que não transparecem o seu futebol num todo. Creio que não vai sair muito e terá respeito diante do rival – complementa, falando sobre o jogo contra o Inter.
Jogadores de seleção e 3-5-1-1
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Para o jornalista Paulo Apaza, do site La Prensa, o The Strongest joga sistematicamente em um 4-3-3 com dois atacantes abertos, que têm características de ponteiros. No entanto, devido à partida ser fora de casa, poderá atuar em um esquema 3-5-1-1, com Sebástian González como homem de referência no ataque.
– Acredito que o The Strongest vai atacar o Inter de maneira frontal e vertical. Habitualmente, usa o esquema 3-5-1-1 como visitante, com cinco meio-campistas ocupando o meio e abastacendo a Pablo Escobar, com González na frente – sintetiza Apaza.
Antes de empatar em 1 a 1 o clássico com o Bolívar, domingo, havia perdido três jogos em sequência pelo Campeonato Boliviano. Ainda assim, Apaza diz que o meia-atacante paraguaio naturalizado boliviano Pablo Escobar é um dos destaques. Rápido e batedor de faltas, figura ao lado de outros jogadores de seleção, como o goleiro Vaca e o volante Alejandro Chumacero (sub-20), da Bolívia, e o lateral-esquerdo Ernesto Cristaldo, do Paraguai.
– Chumacero é um meio-campista de contenção. Tende a subir bastante ao ataque. Quando estava nas divisões inferiores, era “enganche” (articulador), mas tem jogado mais atrás nos últimos anos. Mesmo assim, ainda avança bastante – conclui o jornalista.
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