A despeito das mudanças econômicas promovidas nos principais países da região nos últimos anos, a América Latina ainda é mais dependente dos Estados Unidos do que muitos supõem. A avaliação é da revista britânica The Economist, que publicou uma reportagem sobre o impacto da crise dos EUA nas Américas do Sul e Central.
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Segundo a revista, uma prova de que os laços ainda são muito próximos foi a forte queda do Índice Bovespa na última segunda-feira, quando a Câmara dos Representantes dos EUA rejeitou o pacote de socorro do sistema financeiro apresentado pelo governo Bush. Enquanto o Índice Dow Jones perdeu 7% naquele dia, o principal termômetro da bolsa paulista caiu 9%.
Ainda assim, a Economist reconhece que alguns países da região – notadamente Brasil, México, Colômbia e Peru – estão mais bem preparados para enfrentar a crise. No caso brasileiro, a revista destaca a solidez do sistema bancário, em parte pelo fato de que as instituições financeiras do país não estavam expostas aos papéis lastreados em hipotecas de segunda linha (subprime).
A outra razão é que os bancos brasileiros “não são dependentes do crédito estrangeiro”. O outro vetor de preocupação diz respeito aos preços das matérias-primas (commodities), uma vez que praticamente todos os países da região se beneficiaram das altas desses produtos. Alguns, para a Economist, sofreriam mais: Venezuela, Argentina e Equador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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