Nos 20 anos em que esteve à frente das decisões políticas da Grã-Bretanha, Margaret Thatcher não passou, o cinema, de uma personagem coajuvante. Na única vez em que foi protagonista, já no fim de sua vida, porém, ela inspirou sua intérprete, Meryl Streep, na conquista do Oscar de melhor atriz pela performance na cinebiografia A Dama de Ferro (2011).

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Com direção de Phyllida Lloyd (com quem Meryl havia realizado o musical Mamma Mia!, de 2008), A Dama de Ferro faz uma abordagem chapa-branca da personagem, apresentando a já quase esquecida líder como um senhora debilitada pela demência senil que revê sua trajatória, pública e privada, em flashback.

Thatcher foi sempre um prato cheio para os humoristas britânicos. Desde sua eleição, em 1979, ela ganhou uma imitadora oficial, a atriz Janet Brown, que viveu a primeira-ministra no cinema aparecendo num breve diálogo com o agente secreto James Bond (Roger Moore) em 007 – Somente Para Seus Olhos (1981). Thatcher foi personagem em dezenas de produções para a TV e para o cinema, quase sempre em papéis secundários – e inclusive vivida por um homem, o humorista Steve Nallon, outro imitador que marcou época, no telefilme Night of a Thousand Faces (2001).

Outras duas produções para a TV britânica se destacam na representação de Thatcher: The Final Days (1991), com Sylvia Syms, sobre os momentos finais dela no cargo de primeira-ministra, e Pinochet in Suburbia (2006), com Anna Massey, que destaca a inteferência de Thatcher, já fora do poder, para que o ditador chileno Augusto Pinochet, detido em prisão domicilciliar em Londres, em 1998, não fosse extraditado.

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