Máquinas, insumos e tecidos de quatro empresas catarinenses estão expostos para quase 30 países que passam pela Colombiatex – uma das mais importantes em insumos para a confecção na América Latina -, que ocorre até hoje em Medellín, na Colômbia. Santa Catarina é o segundo Estado brasileiro mais participativo, atrás de São Paulo e equiparando-se a Minas Gerais.

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Por ser a primeira exposição do ano em que é possível apresentar ao mercado internacional as novidades e tendências do país, a feira colombiana conta com a participação de 16 empresas brasileiras nesta edição.

Para Lilian Kaddissi, gerente de marketing do programa Texbrasil – criado em 2000 pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção -, o país é considerado pelos visitantes um lançador de tendências, com resultados comerciais positivos ao final dos três dias de evento.

– No ano passado, as empresas comercializaram US$ 4 milhões durante a feira e US$ 30 milhões após seu término, em decorrência dos contatos realizados durante a exposição.

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Para as empresas de Santa Catarina, a participação na feira é uma oportunidade para prospectar novos clientes em toda a América Latina, além de se posicionar entre os fornecedores do setor, como a Zanotti, de Jaraguá do Sul.

Desde 2007, quando passou a expor na feira, a empresa triplicou a exportação de fitas elásticas para confecções, sendo a Argentina seu maior mercado. Embora esteja entre as três maiores fabricantes do insumo no mundo, o mercado interno ainda é predominante para a empresa, cujas exportações representam apenas 5% dos R$ 300 milhões de faturamento ao ano. Para aumentar a visibilidade fora do país, a empresa espera, nos próximos anos, consolidar a compra de uma fábrica na América Latina, segundo Carlos Eduardo Lana, gerente de exportação da Zanotti.

Já a fabricante de tecidos esportivos Farbe, de Blumenau, participa pela quinta vez na feira exporta para dez países, especialmente na América Latina. O gerente de exportação, Ricardo Demirci, comenta que a feira está atraindo a atenção de mercados asiáticos, maiores parceiros comerciais do país.

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– A Colômbia importa pouco malhas, porque já concentra muitas empresas que façam isto e também por ter a característica de uma indústria de pequeno porte, que investem nas empresas que são locais.

No ano passado, segundo a Associação Brasileira da Indústria têxtil e de Confecção, o país exportou mais de US$ 92 milhões para a Colômbia, enquanto importou pouco mais de US$ 25 milhões do país. Do total de exportações, 97% são insumos para a Confecção colombina, que tem tradição em Confecção e finalização dos produtos. Ao todo, o segmento têxtil do Brasil importou o equivalente a US$ 7 bilhões em 2013.

Máquinas de SC em 70 países

A novidade que chegou ao mercado brasileiro em agosto, pela Audaces, é mostrada pela primeira vez ao mercado externo na Colombiatex. Eduardo Lopez, gerente de vendas da empresa para as Américas, destaca este como um dos principais motivos que tornam a feira importante para o segmento, assim como a região em que ela se desenvolveu. Tanto é que até junho a empresa de Florianópolis pretende abrir sua segunda filial no país, em Medellín. A marca está presente em 70 países e possui 300 funcionários.

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– Crescemos uma média de 30% ao ano, tanto no mercado interno quanto fora do país.

A alguns passos do estande da Audaces, a Weko expõe pelo segundo ano consecutivo na feira colombiana. Desde que a empresa de origem alemã comprou a Urban Equipamentos Industriais, de Indaial, houve uma política de expansão dos produtos para outros países. Passados sete anos, a companhia mais que triplicou em faturamento, afirma o gerente geral da Weko América Latina, Benjamin Ziel. Os produtos da marca estão em 22 países do mundo, a maioria nos países latinos.

– A falta de controle nas importações de máquinas no Brasil, como a facilidade de compra dos produtos asiáticos pelas empresas brasileiras, faz com que tenhamos de visar outros mercados para nos mantermos no segmento – defende.

A solução encontrada pela empresa foi diversificar os segmentos em que atua. Quando a Weko alemã comprou a fábrica no Brasil, os equipamentos destinados ao setor têxtil representavam 99% da produção. Agora, representa 75%. Ziel ressalta, entretanto, que a fabricação de maquinário para os têxteis não foi diminuída – outros segmentos é que aumentaram sua participação na empresa, dentre eles o madeireiro, o de impressão e de vidros.

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A jornalista viajou a convite da Colombiatex