Axel Ariel Mange mora em São Paulo (SP) há dois anos. Morou por sete anos em Porto Alegre. Nasceu em Buenos Aires, na Argentina, onde viveu até os cinco anos de idade, se mudando para a Alemanha, onde ficou até completar 15, numa pequena cidade chamada Kirchheimbolanden e vir para a capital gaúcha. Ele tem 24 anos e uma dúvida. Para quem torcer na final da Copa do Mundo? Messi ou Müller?

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O maior problema de Axel não é se mudar constantemente de cidade e de país, é a final da Copa do Mundo que colocou seus dois países de coração em confronto. Ele é filho de pai argentino e mãe alemã. Os pais de Axel, Rodolfo e Mônica, se conheceram em Buenos Aires.

– Minha mãe morou muito tempo em Buenos Aires, eles se conheceram lá e meus avós, todos, são alemães.

Devido às constantes transferências do pai, Rodolfo, que é diretor de uma empresa multinacional do ramo químico, a família veio morar em Porto Alegre, em 2005.

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– Vivi na Argentina e Alemanha, e vim cair em Porto Alegre há 9 anos, não tenho nenhum laço familiar com o Brasil, nenhum parente, nada – diz Axel.

O teuto-argentino está morando, atualmente, em São Paulo, onde é bancário. Em Porto Alegre, foi aluno do curso de Economia, na UFRGS.

Aficionado por futebol, assistiu à semifinal entre Argentina e Holanda no Itaquerão, fardado com a camiseta albiceleste, e Holanda e Costa Rica, em Salvador, Bahia, no estádio da Fonte Nova, com a camisa da seleção alemã.

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Na hora de definir para quem vai torcer no domingo e se quer a festa do título no Portão de Brandemburgo, em Berlim, ou no Obelisco, em Buenos Aires, ele deixa a resposta no ar.

– Vou decidir na hora. Estou muito dividido, porque a Alemanha chegou em uma final e em duas semifinais nos anos 2000. A Argentina está pior, desde 1986 não ganha, e a torcida ficaria mais feliz com o título – acredita Axel.

Ele está tentando comprar ingresso para a final no Maracanã e, independente de conseguir ou não, estará no Rio de Janeiro no domingo.

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– Ainda tenho a esperança que vou conseguir comprar ingresso e assistir dentro do estádio, se não der, vou ver o jogo na fan fest. Se alguém que ler a matéria tiver ingresso para vender, me procura no Facebook, por favor! – brinca Axel.

O torcedor de duas seleções não quer arriscar um palpite de quem vai levantar a taça no início da noite de domingo. Ele afirma que vai vestir uma camisa neutra e pintar o rosto com uma bandeira em cada lado da face.

– O importante é que, com qualquer resultado, eu ficarei muito feliz. E serei hexa… – completa, ao se referir à soma dos títulos das seleções argentina e alemã, que chegará a seis, ao término da grande final da Copa do Mundo 2014.

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Na segunda-feira, Axel Ariel Mange vai ver, estampado nas capas do periódico Olé ou do jornal Bild, a sua seleção comemorando o título conquistado em terras brasileiras.