Pelo quarto ano consecutivo, o tetracampeão mundial Pedro Barros, 19 anos, recebe os maiores bowlriders do mundo para o Red Bull Skate Generation. A competição que começou com uma confraternização entre gerações integra o calendário do circuito mundial de skate em bowl pelo terceiro ano e traz grandes nomes para Florianópolis em um evento realizado na pista do quintal da casa de Pedro. A campeonato acontece nos dias 4, 5 e 6 de abril, e nesta entrevista exclusiva para o DC, Pedro fala sobre a expectativa para a quarta edição.
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Diário Catarinense – Este é o quarto ano que vocês realizam a competição. O que mudou da primeira edição pra cá?
Pedro Barros – Muita coisa. Primeiro, a pista, que sofreu uma total reforma. Agora ela está ainda mais alta, teve o formato alterado e a superfície está perfeita, comparado com o que tínhamos até o ano passado. Isso nos dá uma chance de performance muito maior. Também temos muito mais skatistas querendo vir correr o campeonato. Até o ano passado vinha quem quisesse, mas agora as vagas não comportam todos que querem vir e, por isso, criamos o critério através do ranking mundial, usando como base também o ranking histórico do Skate Generation. Assim, encontramos uma maneira mais democrática de definirmos os participantes.
DC – Como é vista a competição hoje em nível internacional? Ela já é considerada um clássico no esporte?
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Pedro – O Skate Generation é o maior campeonato do mundo feito num quintal de casa. Eventos como esse sempre foram cobiçados pelos skatistas do mundo inteiro por conta da vibe que eles proporcionam. Hoje, todo mundo quer vir: skatistas, fissurados, organizadores de eventos, empresários, etc. A Red Bull conseguiu criar algo muito forte hoje e que todos enxergam muito positivamente.
DC – No sábado, a competição individual é válida pelo mundial e, no domingo, acontece a competição por equipes. Qual o principal dia pra você?
Pedro – Os dois. Um conta para o ranking, entra mais o lado profissional. O outro vira uma grande festa, uma confraternização indescritível. São dois sentimentos diferentes e sem forma de comparação.
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DC – Na edição de 2012, você disse que queria andar com o Christian Hossoi e com o Léo Kakinho e acabou caindo no mesmo time deles. Já pode adiantar seu time preferencial desse ano?
Pedro – Hoje mudou um pouco, tem outros skatistas como o Peter Hewiit, Pat Ngoho e até na categoria Pro, que podem mudar todo o cenário. Meu sonho já foi realizado, e agora o que vier é lucro. Gostaria de pegar o Vi Kakinho e o Leo Kakinho sempre, pois são duas pessoas por quem tenho um amor de família, mas já aconteceu uma vez e fiquei muito feliz.
DC – Você teve a oportunidade de encontrar o americano Tony Hawk, uma lenda do skate, na Austrália. Você convidou ele para o evento?
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Pedro – Falei com o Tony e ele disse que tomou recentemente contato com a proposta do evento e que é um local que ele quer muito competir. Pra esse ano, infelizmente, ele já estava comprometido com uns projetos de alguns patrocinadores pessoais, mas quem sabe ano que vem.
DC – A cada ano que passa, a competição atrai mais nomes importantes e o nível cresce. Você aposta que este será o Skate Generation mais “difícil” de todos?
Pedro – Certeza que sim, incomparavelmente. O cenário de bowl cresceu muito da primeira edição para essa que está por vir. E também do ano passado para hoje. Alguns amadores viraram profissionais de alto nível e alguns iniciantes viraram amadores de alto nível sem contar que virão outros skatistas que são fortes candidatos a ganhar. O bicho vai pegar esse ano!
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