Uma análise feita pela Univali comprovou o aparecimento da maré vermelha na Praia Brava, em Itajaí. As manchas avermelhadas foram registradas quarta-feira. Quinta pela manhã, porém, o fenômeno já não podia mais ser visto no mar.
Continua depois da publicidade
A coleta da água ocorreu nesta quinta-feira de e comprovou o aparecimento do fenômeno, que não é comum, mas tem sido observado, em menor escala, com frequência no litoral. O teste foi feito no laboratório de Oceanografia da Univali. O resultado saiu à tarde, mas diante da dissipação das manchas já não havia mais riscos à população.
– A mancha já foi dissipada, então a princípio isso já foi diluído. O risco de ocorrer uma acumulação já passou. A população pode ficar tranquila – disse o oceanógrafo Márcio da Silva Tamanaha.
Além disso, os testes não identificaram a presença de organismos nocivos à saúde. Por isso, não há riscos no banho de mar. A área, porém, vai continuar sendo monitorada.
Continua depois da publicidade
A maré vermelha é uma floração (excessiva proliferação) de microalgas que liberam toxinas que acabam filtradas por moluscos. O fenômeno não está relacionado diretamente com poluição, mas também sofre interferência do ser humano. Uma das condições para que esse tipo de maré ocorra é a maior quantidade de nutrientes na água. Isso ocorre, entre outros fatores, pelo alto volume de esgoto doméstico em razão da grande demanda populacional na temporada.
O que também contribui para o fenômeno são o aumento de determinadas condições ambientais, como a densidade de algumas espécies de algas e a temperatura no mar e no meio-ambiente externo. Também são as condições climáticas e meteorológicas que determinam o fim da possível maré, e acordo com o calor e a direção e intensidade dos ventos.
Se para as pessoas maré vermelha só é nociva em alguns casos, para a vida marinha os prejuízos são maiores. A maricultura é o principal ramo prejudicado pela toxicidade do fenômeno.
Continua depois da publicidade