Na tarde desta terça-feira (17), cinco comarcas de Santa Catarina realizam a audiência de instrução sobre o caso da morte da empresária Cátia Regina Silva, assassinada a tiros em julho de 2019. São 21 testemunhas de acusação e de defesa ouvidas durante esta tarde; 12 em São Francisco do Sul, três em Araquari, quatro em Joinville, uma em São Bento do Sul e uma em Rio do Sul.

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Em São Francisco, familiares e amigos de Cátia realizam uma manifestação pacífica pedindo por justiça à empresária.

– Ela faz uma falta imensa. Não tem um dia que a gente não chora. As lágrimas ainda são constantes. No Natal vai fazer cinco meses, é bem recente e a saudade só aumenta – diz uma das irmãs, Janete Silva.

Familiares e amigos fizeram manifestação por justiça à Cátia
Familiares e amigos de Cátia pedem por justiça (Foto: André Lux, NSC TV)

Das três pessoas indiciadas pelo crime, a proprietária de uma loja, presa em agosto deste ano, está em prisão domiciliar porque estava grávida e deu à luz recentemente; outro homem que havia sido encontrado em Balneário Barra do Sul, também em agosto, continua preso preventivamente e outra homem permanece foragido.

Filhas buscam alternativas para seguir em frente

As duas filhas de Cátia, Ana Paula Cercal, 26 anos, e Maria Cercal, 15 anos, têm buscado alternativas para esquecer a morte da mãe. Atualmente, são elas quem conduzem a loja, especialmente a filha mais nova.

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– Eu amo fazer isso, ter contato com pessoas diferentes. Era uma coisa que a minha mãe gostava. Quando eu não estou na loja, as lembranças sobre ela vêm à mente. Então eu passo as tardes lá na loja como uma forma de esquecer tudo isso – destaca Maria.

Ana Paula pontua o que espera a partir da audiência desta terça.

– O dia de hoje vai esclarecer muita coisa. São muitos fatos que comprovam e a gente espera que, com o resultado de hoje, a gente suba mais um degrau na escada da justiça – ressalta.

Relembre o caso

Cátia Regina Silva tinha 46 anos e foi morta em uma espécie de emboscada quando retornava de São Paulo, onde realizou compras para uma loja de roupas que mantinha há cerca de dois anos em São Francisco do Sul. A vítima foi abordada em seu carro e posteriormente, algemada, encapuzada, e levada para São Francisco do Sul, onde seu veículo foi incendiado.

Conforme a investigação da polícia, após abandonar o veículo, Cátia foi transportada até a Araquari, próximo ao rio Piraí, onde foi morta com um disparo de arma de fogo na cabeça e jogada no rio nas proximidades da BR-280.

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O corpo foi localizado no dia 25 de julho no período da tarde e imediatamente, iniciadas as investigações. Para a polícia, ao longo das investigações, o crime teria sido motivado por uma questão de concorrência nos negócios, que evoluiu para uma desavença.

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