A Operação Mensageiro teve nesta segunda-feira (17) o primeiro dia de audiências do processo contra investigados de Lages, na Serra de SC. No total, 11 testemunhas prestaram depoimentos sobre temas como finanças, orçamento, licitações e contratos da prefeitura de Lages e a empresa Serrana Engenharia, pivô da investigação.

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As testemunhas ouvidas nesta segunda foram indicadas pelo Ministério Público e também por advogados de defesa de dois acusados, o ex-secretário de Administração e Fazenda, Antônio César Arruda, e o ex-secretário de Serviços Públicos e Meio Ambiente, Eroni Delfes Rodrigues.

Nenhuma das testemunhas afirmou ter conhecimento de irregularidades em contratos da Serrana com o município.

Uma nova audiência do mesmo processo ocorre nesta terça-feira (18), também no Fórum de Lages. Desta vez, os réus do processo serão ouvidos. Além de Eroni Delfes e Antônio Arruda, o prefeito afastado de Lages, Antônio Ceron (PSD), e o proprietário da Serrana também prestarão depoimento. As sessões são comandadas pela desembargadora responsável pelos processos da Operação Mensageiro, Cínthia Beatriz Bittencourt Schaefer.

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Eroni Delfes está preso desde fevereiro e Antônio Arruda teve recentemente a prisão preventiva convertida em medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. O prefeito Antônio Ceron está em prisão domiciliar desde fevereiro.

Entenda a Operação Mensageiro

A Operação Mensageiro apura um suposto esquema de pagamento de propina a prefeitos e outros agentes públicos em troca de vantagens em contratos de coleta de lixo em cidades de SC. O Ministério Público descreve o caso como possivelmente o “maior escândalo de corrupção de Santa Catarina”.

A operação já prendeu preventivamente 16 prefeitos de cidades de SC. Imagens dos investigadores flagraram encontros entre um empresário apontado como o responsável por entregar dinheiro a agentes públicos e secretários de municípios. Segundo a investigação, o esquema teria movimentado até R$ 100 milhões em propina e gerado lucro indevido à empresa pivô do escândalo de mais de R$ 400 milhões.

* Com informações de Priscila Dalagnol, da NSC TV

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