A menos de 20 dias do início da Copa das Confederações, dois jogos da primeira rodada do Brasileirão foram realizados em estádios construídos para o evento. Confira a avaliação do Mané Garrincha, que recebeu Santos 0 x 0 Flamengo, e da Fonte Nova, que sediou Vitória 2 x 2 Inter.
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MANÉ GARRINCHA
Custo: R$ 1,015 bilhão
Em Santos 0x0 Flamengo
Por Kelly Matos/Correspondente RBS
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Imprensa
Na tribuna havia mesas para cada veículo e visão perfeita do estádio. Em algumas mesas, faltaram tomadas. Mas o sinal de internet sem fio caía a todo instante. Outro problema enfrentado pelos jornalistas foi o volume altíssimo do som antes da partida e no intervalo. A música muito alta atrapalhou especialmente quem precisava entrar ao vivo no rádio.
Trânsito
A divulgação prévia de informações sobre ruas bloqueadas e desvios ajudou a evitar transtornos. O problema foram os ônibus gratuitos oferecidos pelo governo do Distrito Federal para levar torcedores dos estacionamentos até o estádio – eram poucos e lotaram.
Acesso ao estádio
A entrada de torcedores foi o maior problema do jogo. Como era um teste da Fifa, o público precisava ser revistado já no acesso ao estádio – processo lento e desorganizado. A fila ficou gigantesca. Já dentro do complexo, havia nova fila para acessar o portão correspondente ao seu ingresso. Alguns torcedores passaram quase três horas na fila, e muitos só conseguiram entrar com o jogo em andamento. Para piorar, os portões foram abertos com 36 minutos de atraso.
Serviços
Os banheiros estavam em condições adequadas. Os bares e restaurantes funcionaram bem, mas com filas – em alguns pontos, a espera para comprar uma água chegou a 15 minutos. A torcida organizada do Santos fez questão de permanecer junta, apesar de ter lugares marcados separados. Resultado: a polícia foi acionada para isolar o local.
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Sem sinal
Muitos telefones sequer funcionaram durante a partida, e acessar a internet pelo 3G foi muito difícil, devido ao sinal inconstante.
FONTE NOVA
Custo: R$ 591,7 milhões
Em Vitória 2×2 Inter
Foto: Alexandre Lops, Inter/Divulgação
Por Filipe Gamba/Rádio Gaúcha
Imprensa
A estrutura para a imprensa era boa. As rádios ficavam posicionadas nos tradicionais púlpitos; as redes de televisão, detentoras dos direitos, contavam com confortáveis cabines exclusivas com ar-condicionado e isolamento acústico. O ponto negativo foi a falta de uma escada para acessar os locais – subia-se às arquibancadas por degraus de 50 centímetros de altura, o que poderia provocar tombos. Havia internet sem fio funcionando, com sinalizações de rede e senha visíveis em adesivos fixados ao longo do espaço.
Lugares
Para a torcida, não havia lugares marcados na Arena Fonte Nova.
Vestiário visitante
Profissionais do Inter gostaram da estrutura. Não se tratava de um vestiário grande, mas era funcional, com salas para departamento médico, comissão técnica e aquecimento para os jogadores com gramado sintético. A sala de entrevistas foi o problema: para não precisar esperar o fim da coletiva do Vitória, Dunga acabou atendendo jornalistas em uma sala sem sistema de som – de pé, em vez de sentado na tradicional bancada.
Sinalização
Para acessar a área da imprensa, eram necessários dois elevadores: um que levava ao oitavo andar e outro que levava ao décimo, sem sinalização. Era normal encontrar pessoas perdidas no estádio, pedindo informação.
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Serviços caros
Os banheiros funcionavam, não houve falta de água. Os bares, no intervalo, apresentaram filas. Foi ali a reclamação mais comum: tudo era muito caro. Para se ter uma ideia, um combinado de refrigerante com salgado custava R$ 12.