Assim que coloquei os óculos no rosto, a primeira ação foi ajustar o posicionamento do pequeno prisma, para que a projeção aparecesse de forma nítida. Colocar perto demais ou longe demais dos olhos faz toda a diferença. Aliás, eu tenho uma miopia leve e estava usando lentes de contato, mas outros colegas que estavam de óculos tiveram dificuldades com o teste. Disse o Lucas que esse é, sim, um problema importante do protótipo. Outro é a duração da bateria.
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Depois de ajustado ao rosto, o óculos tem uma operação bastante simples – pelo menos para quem, como eu, já havia assistido a vários vídeos de demonstração. Ele precisa estar “acordado” para atender ao famoso comando “Ok, glass”. Uma série de opções aparece na tela e a velocidade de resposta é bastante impressionante. A instrução mais simples é a frase “take a picture”: foi a ação que todo mundo da Redação testou. Além do comando de voz, é possível ativar as funções tocando na lateral do aparelho. Tive dificuldade para conseguir prestar atenção à telinha e ao ambiente ao mesmo tempo. Dei alguns passos para ver como seria caminhar com essa projeção diante dos olhos, e ela não atrapalha. Aliás, achei o Glass bem leve e confortável – mas já usei óculos de grau e uso muito óculos escuros, talvez para quem não tem o costume de ver o mundo “enquadrado” isso seja mais esquisito.
Depois que fiz alguns fotografias, assisti a um vídeo da CNN e pedi instruções de navegação até o posto de gasolina mais próximo, passei o brinquedinho para outros colegas. Ao vê-los interagirem com o protótipo – quase todos reagindo como se fossem crianças diante de um espetáculo de mágica -, imaginei que a minha reação deve ter sido exatamente a mesma. Em relação ao produto, fiquei positivamente impressionada com a facilidade de uso, com as funcionalidades que já estão disponíveis e com a velocidade de resposta. Mas legal meeeesmo foi a emoção de ter nas mãos um pedacinho do futuro.