Os primeiros resultados do teste clínico de pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, sobre o uso corticoide dexametasona apontam uma redução de um terço na mortalidade entre os pacientes mais graves de Covid-19. O anúncio foi na terça e nesta quarta (17) a OMS (Organização Mundial da Saúde) pediu cautela no uso do medicamento para não alterar procolocos médicos.

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A Associação Catarinense de Pneumologia acompanha as pesquisas e comemora os resultados, que são considerados benefícios reais em casos onde o paciente precisa de oxigênio.

— É recomendando o uso em pacientes internados que necessitam alguma oferta maior de oxigênio ou em casos mais graves de ventilação mecânica. Outra vantagem é que é uma medicação barata — explicou o presidente da entidade, Fábio Souza.

O especialista recordou que no começo da pandemia o anti-inflamatório não era recomendado. 

— Este estudo vai mudar o paradigma em termos de tratamento hospitalar. Lá no início foi discutido o não uso do corticoide — completou.

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Os testes aconteceram em 2 mil pacientes em estado grave. Entre as pessoas que conseguiam respirar apenas com o auxílio de um respirador, a dexametasona reduziu as mortes em 35%, enquanto a taxa de mortalidade caiu 20% entre os que recebiam oxigênio.