Você sabe identificar o que é mito e o que é verdade quando o assunto é o consumo de água? A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN) esclareceu algumas das fake news que são costumeiramente divulgadas sobre o assunto. Confira!

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Saiba mais:

1- A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) provoca cheiro ruim nas cidades?

Em geral, é o contrário. As estações de tratamento retiram o cheiro ruim, gerado pelos esgotos nas cidades. As ETEs são responsáveis por remover toneladas de poluentes e organismos patógenos, que seriam lançados no meio ambiente. As estações são fundamentais para o crescimento sustentável das cidades, além de ser um instrumento importante de promoção de saúde pública, já que auxilia na prevenção e no combate à proliferação de doenças.

2- A Casan não é responsável por desentupir bueiros?

Verdade. Embora façam parte do conceito de amplo de saneamento, as redes de esgoto e de drenagem são diferentes. A CASAN é responsável pela operação das redes de esgoto e as prefeituras pelas redes de drenagem, não cabendo à CASAN a responsabilidade em executar serviços de drenagem urbana, como limpeza e desobstrução de bueiros. Entretanto podem ocorrer conexões irregulares entre essas duas estruturas. Para evitar e corrigir essas irregularidades a CASAN desenvolve, em parceria com as prefeituras o programa Se Liga na Rede e os Tratos pelo Saneamento, como o Trato pelo Capivari, o Trato pela Lagoa em Florianópolis; o Trato pelo São José, em Chapecó e os Tratos por Laguna e Criciúma.

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3 – A Balneabilidade é problema da CASAN?

Não. O que se chama de balneabilidade é uma condição de uso das praias para banho. No Brasil essa condição é estabelecida pela Resolução CONAMA N° 274/2000 e, em Santa Catarina, é o IMA quem realiza essa avaliação. Diversos fatores podem influenciar a condição de balneabilidade de uma praia. O principal é a estrutura de drenagem urbana. Em todo mundo é esperado que, em eventos de forte precipitação, ocorra uma perda considerável na balneabilidade das praias, em especial nas que possuam algum rio ou canal que desembocam em suas águas. Por estarem localizadas nas partes mais baixas as praias acabam recebendo, com as chuvas, o carregamento de toda sujeira presente nas bacias, bem como sentem os efeitos das ligações irregulares de esgoto que chegam nos rios e nas redes de drenagem. Em períodos mais chuvosos também ocorre a saturação do solo que reduz a condição de infiltração e pode prejudicar estruturas como os sumidouros e as valas de infiltração. Em resumo, a balneabilidade é um indicador que avalia e reflete todos esses problemas.

4- Quando chove muito não falta água?

Mentira. É comum em diversos mananciais utilizados pela CASAN que em eventos de precipitações haja danos à qualidade da água, principalmente o aumento da cor e da turbidez. Essa perda na qualidade da água impacta a capacidade de tratamento de uma Estação de Tratamento de Água, pois as unidades operacionais são dimensionadas, tendo como base a vazão projetada e o teor médio de sólidos dessa água.

5 -Fazer gato d’água é crime?

Sim. A ligação clandestina de água é considerada crime no Brasil. A prática de adulterar o sistema de fornecimento de água é enquadrada como atentado contra o patrimônio, segundo o artigo 155 do Código Penal Brasileiro. O inciso 3º do referido parágrafo estabelece que “equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico”. A pena é de reclusão, de 1 a 4 anos, e multa. Como visto, quem fizer o gato de água pode ser enquadrado no crime de furto de bem móvel e pode ficar detido por até quatro anos. Além disso, é aplicada uma multa, que precisa ser paga pelo infrator. Ainda que o gato de água tenha sido realizado por terceiros, quem é responsabilizado pela fraude é o proprietário do imóvel. O lançamento indevido na rede de esgoto também é considerado fraude.