O Departamento do Tesouro americano assegurou nesta sexta-feira que está preparado para sair em resgate da indústria automobilística e evitar sua quebra, depois que o plano de ajuda que o Congresso impulsionava tenha fracassado no Senado dos EUA, ontem.
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– Dado que o Congresso não atuou, estamos prontos para impedir uma queda imediata até que o Parlamento inicie seu novo período (de sessões) e atue para se ocupar da viabilidade da indústria a longo prazo – disse a porta-voz do Tesouro, Brooklyn McLaughlin.
Brooklyn explicou que o Tesouro intervirá com empréstimos destinados a General Motors, Ford e Chrysler até que o Congresso tenha tempo para considerar um plano de socorro de longo prazo, no próximo ano. GM e Chrysler disseram que podem pedir concordata até o fim de 2008. A Casa Branca sugeriu que pode lançar mão do plano de resgate do setor financeiro de US$ 700 bilhões para ajudar às montadoras, algo que tinha sido negado até agora.
O governo tinha defendido que o Congresso deveria elaborar um plano de resgate diferente do que se aprovou em outubro para Wall Street. Portanto, os democratas do Congresso impulsionaram um plano, pactuado com a Casa Branca, para dar assistência financeira às chamadas Três Grandes de Detroit por um valor de US$ 14 bilhões.
Obama se decepciona com falta de acordo automotivo
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O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, disse estar decepcionado pelo fato de o Senado norte-americano não ter aprovado o pacote de socorro ao setor automotivo. Ele afirmou esperar que o governo Bush e o Congresso possam encontrar uma forma de dar alívio financeiro temporário para as montadoras.
“Estou decepcionado pelo fato de o Senado não ter alcançado um acordo para um plano de curto prazo para a indústria automotiva. Compartilho a frustração de muitos quanto às décadas de má administração dessa indústria, que contribuíram para chegarmos à crise atual. Essas más práticas não podem ser recompensadas, nem devem continuar”, disse Obama em comunicado.
“Cumprimento o Congresso, assim como a administração, que tentaram valentemente forjar um compromisso. Minha esperança é de que a administração e o Congresso ainda possam encontrar uma maneira de dar à indústria a assistência temporária de que ela precisa, e exigir a reestruturação de longo prazo que é absolutamente necessária”, completou o presidente eleito.
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