A Tesla ainda não está totalmente liberada pelas autoridades americanas: a fabricante de veículos elétricos é alvo de uma investigação criminal relacionada ao seu Model 3, um carro que deveria ter uma produção maciça, disse uma fonte próxima ao tema nesta sexta-feira (26).
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A investigação, que durou vários meses, é centrada nas informações fornecidas aos mercados financeiros pelo CEO do grupo, Elon Musk, sobre as metas de produção do Model 3 desde 2017, diz o Wall Street Journal, citando fontes anônimas.
A notícia vem dias depois de a Tesla anunciar seu primeiro lucro trimestral em dois anos, em particular graças a um forte aumento no volume de entregas e produção do Model 3.
A fabricante californiana, cujo objetivo é revolucionar o mercado com suas tecnologias elétricas e autônomas, fechou em setembro um acordo com o órgão regulador Securities Exchange, SEC, para encerrar uma investigação por “fraude” após um tuíte de Musk. Na mensagem publicada na rede social em 7 de agosto, o fundador da Tesla disse que poderia tirar a empresa do mercado de ações.
O Departamento de Justiça também está investigando este caso.
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De acordo com o Wall Street Journal, o FBI recentemente contactou ex-funcionários da Tesla para interrogá-los na investigação criminal sobre o Model 3, que o SEC também está apurando.
Contactado pela AFP, o escritório do procurador federal de San Francisco, que supervisiona a investigação, não confirmou nem rejeitou as informações.
“No início deste ano, a Tesla recebeu um pedido não vinculativo de documentos do Departamento de Justiça sobre as previsões para o aumento contínuo de produção do Model 3 e estamos cooperando”, disse um porta-voz da empresa à AFP.
Ele acrescentou, no entanto, que o grupo não havia recebido nenhuma intimação, pedido de interrogatório ou qualquer outro pedido formal. “Não houve pedidos adicionais para esta questão durante meses”, acrescentou o porta-voz.
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* AFP