O terreno que hoje abriga o campus 2 da Furb, no Bairro Itoupava Seca, é uma das áreas cogitadas pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU) para a unidade que a UFSC pretende instalar em Blumenau até o fim de 2013.

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O imóvel, pertencente à União, abrigava o antigo pátio de manobras da Estrada de Ferro Santa Catarina e, segundo a superintendente da SPU em Santa Catarina, Isolde Espíndola, teria sido ocupado indevidamente pela Furb.

– É uma grande área onde estão os prédios mais novos e altos da Furb. Vamos verificar e pesquisar se há outras áreas que pertenciam a Rede Ferroviária Federal. Não há nada definitivo e a UFSC deve fazer uma conversa com a Furb para definir se esta área será usada mesmo – afirma Isolde.

O reitor da Furb, João Natel, nega que o terreno tenha sido ocupado de forma irregular. Segundo ele, o campus citado pela SPU ocupa uma área de cerca de 4 mil metros quadrados e equivale a um quinto do total de terrenos que a antiga empresa ferroviária possuía em Blumenau. De acordo com Natel, a universidade regional tem a posse dos imóveis, cedidos com documentação pelo governo federal.

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– Os empregados da antiga empresa ferroviária tinham o espólio e pediram à Furb a devolução dos imóveis ou o pagamento de R$ 5 milhões. Entramos com um processo e vencemos depois de vários recursos – assegura Natel.

O reitor acrescenta que atualmente tramita na Justiça Federal um processo de usucapião administrativo. O objetivo do pedido é possibilitar que a Furb tenha uma escritura comprovando a posse do imóvel.

O Campus 2 da Furb abriga hoje os cursos de engenharias e design, que compõem o Centro de Ciências Tecnológicas (CCT). Segundo o diretor do CCT, Dagoberto Stein Quadros, na área citada como pertencente à Empresa Ferroviária Federal estariam cerca de 35 salas de aula e 65 dos 80 laboratórios do campus.

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