A Turquia registrou um forte terremoto de magnitude 7 na escala Richter, que provocou o desabamento de vários prédios, deixando pelo menos 14 mortos e 419 feridos – informaram o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) e a imprensa local.
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A magnitude do sismo, registrado a uma dezena de quilômetros de profundidade, foi avaliado pelo Instituto Geofísico Americano (USGS) com magnitude 7, e 6,8 pelas autoridades turcas.
Na Turquia, a Presidência para Gestão de Emergências e Desastres (AFAD) confirmou 12 mortos, um deles afogado, e 419 feridos.
Segundo o governador de Esmirna, no sudoeste do país, cerca de 70 pessoas foram resgatadas nos escombros até o momento.
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Na Grécia, a ilha de Samos, no arquipélago do Dodecaneso (sudeste), foi a área mais afetada: dois jovens morreram em decorrência da queda de um muro e quatro pessoas ficaram feridas, informou o canal público ERT.
“Foi um caos, nunca passamos por isso. Até agora não temos vítimas. Alguns edifícios foram danificados, principalmente uma igreja”, localizada no porto de Karlovassi, informou Giorgos Dionysiou, o vice-prefeito de Samos.
O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, telefonou nesta sexta para o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, para expressar suas condolências pelos mortos.
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Como exemplo de sua força, o terremoto causou um aumento no nível do mar que inundou as ruas de Seferihisar, cidade turca localizada no epicentro. A maré também varreu as costas da ilha de Samos. A costa turca, que é muito populosa, foi a mais atingida.
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Sentido em Istambul e em Atenas, o sismo ocorreu no mar Egeu, ao sudoeste de Esmirna, terceira cidade da Turquia, e perto da ilha grega de Samos.
“Neste momento, recebemos informações, segundo as quais seis imóveis desabaram em Bornova e Bayrakli”, na província de Esmirna, anunciou o ministro turco do Interior, Suleyman Soylu, no Twitter.
“Alguns dos nossos concidadãos estão sob os escombros”, acrescentou o ministro do Meio Ambiente, Murat Kurum, que relatou a queda de cinco edifícios.
“Meu Deus!”
As emissoras de televisão do país mostravam imagens de grandes nuvens de poeira, enquanto a população corria para as ruas, em pânico.
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Em uma imagem captada por um morador, um prédio caía com uma enorme facilidade, enquanto pedestres gritavam: “Meu Deus!”.
Em Bornova, socorristas, moradores e policiais tentavam abrir passagem entre os escombros de um prédio residencial de sete andares, com a ajuda de motosserras, segundo as imagens da emissora pública TRT. De tempos em tempos, os socorristas pediam silêncio para localizar sobreviventes.
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Uma jovem foi retirada dos escombros de um prédio desabado, segundo a rede CNN-Türk.
O governador de Istambul, Ali Yerlikaya, disse que, até o momento, não há informações sobre danos na capital econômica do país.
“Todas as nossas instituições começaram a se deslocar para o local para iniciar os esforços necessários”, declarou o presidente Recep Tayyip Erdogan no Twitter.
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O sismo aconteceu frente à costa de Samos, perto da cidade turca de Esmirna.
Sentido fortemente em Samos, mas também na ilha de Creta e em Atenas, o sismo, de duração prolongada, “foi registrado às 8h51 (horário de Brasília), e seu epicentro se situou a 19 km de Samos e a 2 km de profundidade”, segundo o último comunicado do Observatório grego de Sismologia.
“Diplomacia do terremoto”
De acordo com a Chancelaria turca, os ministros das Relações Exteriores de Grécia e Turquia “destacaram que estão prontos para, em caso de necessidade, se ajudar e apoiar mutuamente”.
Esta promessa de ajuda mútua é uma reminiscência da ajuda que a Grécia ofereceu à Turquia após o terramoto de 1999, que deixou 17.000 mortos, um gesto que permitiu a retomada nas relações entre os dois países rivais.
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Isso levou alguns especialistas a cunhar a frase “diplomacia do terremoto”.
A União Europeia e a Otan ofereceram ajuda em tudo o que a Turquia solicitar, expressaram Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Jens Stoltenberg, secretário geral da Otan, no Twitter.
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Tanto a Turquia quanto a Grécia estão situadas em uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo. Na Turquia, além do terremoto de 1999, um tremor de magnitude 7,1 atingiu a província de Van e deixou mais de 600 mortos e em janeiro passado, outro de 6,7 deixou cerca de quarenta mortos na província de Elazig (leste).
Na Grécia, o último terremoto catastrófico ocorreu em julho de 2017 – na ilha de Kos, perto de Samos, no arquipélago do Dodecaneso – e deixou dois mortos.
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