Um terremoto de 6,2 graus de magnitude sacudiu nesta terça-feira (12) a região de Kerman, no sudeste do Irã, deixando 18 pessoas feridas, mas poucos estragos materiais, segundo as autoridades iranianas.

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De acordo com o Centro Sismológico da Universidade de Teerã, o tremor aconteceu às 12h13 (6h43 de Brasília) em uma região já afetada em 1º de dezembro por um terremoto de 6,0 graus, que não deixou vítimas.

Para o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS), a magnitude foi de 5,9 graus.

Dezoito pessoas ficaram feridas neste tremor, que destruiu casas antigas em alguns vilarejos, indicou a agência oficial de notícias Irna.

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O epicentro do terremoto foi localizado em Hejdak, 50 km ao norte de Kerman, a capital da província, que fica a 800 km de Teerã.

Nove tremores secundários também foram registrados, com magnitudes entre 2,8 e 4,2 graus em uma janela de 70 minutos, completou a Universidade de Teerã.

Situado no limite de várias placas tectônicas, o Irã constantemente registra uma intensa atividade sísmica.

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Na segunda-feira à noite (11), um tremor de terra de magnitude 6,0, segundo a Universidade de Teerã, ou 5,4, de acordo com o USGS, foi sentido na região de Kermanshah, no oeste do país.

Não houve vítimas, informou a imprensa local.

Essa mesma região já havia sido abalada por um terremoto de 7,3 graus, em 12 de novembro, o que deixou 620 mortos. Oito pessoas morreram no Iraque, país vizinho.

Todas as vítimas iranianas foram identificadas na província de Kermanshah, na fronteira com o Iraque.

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No Irã, o terremoto também deixou mais de 12.380 feridos e destruiu ou danificou cerca de 30.000 residências, segundo dados oficiais.

Os grandes terremotos recentes ainda ressoam na memória coletiva nacional.

Em dezembro de 2003, um sismo arrasou a cidade história de Bam, no Irã, na província de Kerman (sudeste). Pelo menos 31.000 pessoas morreram.

Em abril de 2013, o Irã sofreu, com um intervalo de apenas alguns dias, dois terremotos: um, de magnitude 6,4, e o outro, de 7,7, o mais forte desde 1957 no território. Foram mais de 40 mortos no Irã, e outros tantos no Paquistão.

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Em junho de 1990, perto do mar Cáspio (norte), um sismo de magnitude 7,4 no Irã deixou 40.000 mortos, mais de 300.000 feridos e 500.000 desabrigados. Em apenas alguns segundos, uma superfície de 2.100 km2, englobando 27 cidades e 1.871 vilarejos distribuídos pelas províncias de Ghilan e de Zandjan, foi devastada.

* AFP