Em uma das músicas de maior sucesso, a banda Terno Rei fala que a “previsão de tempo errada diz que o dia hoje seria frio, mas hoje fez um dia quente”. Quem mora em Florianópolis poderia até pensar que a letra fala das mudanças metereológicas constantes – e bruscas – da capital catarinense. Porém, na verdade, a música fala sobre São Paulo, cidade em que os integrantes vivem e compartilham experiências. 

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Talvez, então, seja justamente essa conexão entre as experiências vividas em ambas as cidades que faça com que a banda cada vez mais aumente o público dos shows realizados em Santa Catarina. Para o vocalista e baixista, Ale Sater, esse crescimento de fãs tem sido muito gratificante e recompensador. “É legal isso, cada vez que a gente faz um show aqui tem um pouco mais de gente, um pouco mais de fã, mais gente cantando, então, ainda bem que conseguimos fazer rolar esse show”, disse. 

O show no Ademir Rosa, inclusive, foi o primeiro da banda em um teatro catarinense. Em Florianópolis, já é o terceiro da Terno Rei. A apresentação faz parte da turnê do álbum Gêmeos, que foi lançado neste ano, e que conta com 12 faixas. Divulgado em março, o disco apresenta influências do rock, mas também passeia pelo pop e pela sonoridade característica dos anos 2000. 

Porém, engana-se quem pensa que a banda é uma grande conhecedora do território catarinense depois de três passagens por aqui. Com uma agenda lotada – e apertada entre as viagens para os shows – os integrantes ainda não conseguiram conhecer as praias ou os pontos turísticos “manezinhos”. 

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O baterista Luiz Fernando Cardoso, conhecido como Loobas, até arriscou uma experiência gastronômica. “Da outra vez, eu comi uma ‘sequenciazinha’ de camarão, mas dessa vez a gente vai ter uma passagem super rápida”, comentou. Já o guitarrista Greg Maya arrisca até dizer que já conhece mais, mas só “da janela da van” utilizada para os deslocamentos entre aeroporto, hotel e show. 

Confira a entrevista completa da banda em vídeo

Show faz parte de agenda cheia do pós-pandemia em SC

Responsável por trazer a banda para o show em Florianópolis, a Guerrilha Produtora fala sobre esse aquecimento cultural da cidade no pós-pandemia. Para Ju Baratieri, produtora, este momento de voltar a realizar os eventos após o período de combate intenso à Covid está sendo até emocionante. “Ver o público se envolvendo, são essas imagens que nos alimentam e nos fazem acreditar cada vez mais que o caminho da arte da cultura é de fato emancipador e revolucionário”, analisou.

Para ela, é essa resposta positiva do público que faz com que o setor continue existindo – e resistindo – apesar de todas as dificuldades e incertezas de se trabalhar com cultura nos dias atuais. A Guerrilha produziu de forma independente em média cinquenta shows na cidade de Florianópolis em diferentes espaços culturais promovendo atrações de todo o país e fortalecendo a cena local através dos shows de abertura.

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E a agenda de shows deste ano reflete esse cenário “efervescente”. Em 2022 alguns dos shows já confirmados e divulgados são: Adriana Calcanhoto no dia 30 de julho, também no Ademir Rosa; TUYO no dia 06 de agosto, no Célula Showcase; Pablo Vittar no dia 12 de agosto no evento Pop Pride no Stage Music Park; e Boogarins no evento Doce Fest, no dia 19 de agosto na LifeClub. Além dos shows de música, no dia 15 de julho acontecerá o standup do Esse Menino no Centro Integrado de Cultura (CIC), inaugurando a primeira apresentação teatral produzida pela Guerrilha Produtora. 

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Veja fotos do show da Terno Rei 

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