Inaugurado há duas décadas, o Terminal Rodoviário Albrecht Germano Gustavo Konell, de Jaraguá do Sul, vem acumulando uma série de problemas estruturais e administrativos. Uma das encrencas é a falta de pagamento dos aluguéis de empresas de transporte, que estão estabelecidas em oito dos 12 guichês disponíveis no terminal.

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A situação se arrasta desde 2011, quando a Prefeitura deixou de emitir os boletos, o que acabou virando “justificativa” para desrespeitar a quitação das mensalidades. Se fossem pagas, somariam o total de R$ 10 mil por mês.

O gerente da rodoviária, Riolando Petry, busca entendimento entre administração municipal e empresas. Ele espera que os atrasos sejam quitados até setembro e os futuros aluguéis, respeitados.

– Estamos estudando uma nova forma de contrato com as empresas para a regularização dos aluguéis. A licitação foi feita em 1997, por tempo indeterminado, mas precisamos renovar – explica.

Em dezembro, um processo licitatório foi aberto, mas nenhuma empresa se inscreveu. Outra dificuldade, segundo Petry, é a falta de controle e conhecimento da realidade financeira da rodoviária.

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– As finanças estão centralizadas em uma conta da Secretaria de Administração. Queremos ter a nossa própria conta – reforça.

Por mês, as empresas repassam à Prefeitura cerca de R$ 30 mil da taxa de embarque. Já as despesas ultrapassam este valor: a folha de pagamento dos 16 servidores chega a R$ 32 mil, e as contas de água, luz e telefone ficam em torno de R$ 2,5 mil.

Os planos de melhorias

Em busca de soluções para o terminal, uma reforma administrativa está sendo proposta juntamente com projetos de revitalização na parte estrutural. O Instituto de Planejamento da Prefeitura (Ipplan) prepara a reforma da área externa do prédio. A Secretaria de Urbanismo, as melhorias internas. Segundo o gerente da rodoviária, Riolando Petry, os projetos devem ser entregues até o fim deste mês. Desde a inauguração, em 1992, o terminal recebeu apenas uma reforma, em 2007.

Com a revitalização, o primeiro piso contará somente com salas comerciais, guichês das empresas de transporte, além das acomodações aos passageiros. As cinco salas existentes devem ser ampliadas para oito, com objetivo de oferecer serviços de lanches rápidos, revistaria, lan house e guarda-volumes.

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Hoje, apenas uma lanchonete atende no terminal, e o estabelecimento é administrado pela Associação dos Deficientes Físicos (Ajadefi) desde 2004, sem cobrança de aluguel. A partir de dezembro, essa situação deve mudar. A Prefeitura fez um acordo judicial com a associação, que deve deixar o espaço.

– A lanchonete ocupa 50 m2. Vamos dividir espaço para oferecer lan house, guarda volume e revistaria.

Ainda no primeiro piso, um ambiente climatizado deve ser oferecido aos passageiros, e um elevador será instalado para permitir o acesso de pessoas com deficiência física. O projeto de revitalização também contempla reforço do telhado, troca do piso, pintura, reforma dos guichês, melhorias no embarque e desembarque.

Todos essas ações ultrapassam R$ 500 mil. Metade do valor será pleiteado ao governo do Estado e outra está prevista no Plano Plurianual 2014-2017 da Prefeitura. A previsão de começo das obras é para 2014.

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