Uma audiência que seria conciliatória e durou quase seis horas deixou evidente nesta terça-feira que, se depender de acordo, será praticamente impossível a briga em torno dos beach clubs de Jurerê Internacional ter fim. A Associação de Proprietários e Moradores de Jurerê Internacional (Ajin), autora da ação que tramita desde 2008 na Justiça Federal, não abre mão da demolição dos prédios.

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O Diretor Carlos Leite, da Habitasul, empresa que desenvolveu o projeto da praia de Jurerê e proprietária dos prédios onde os beach clubs funcionam, chegou a propor uma revisão no formato dos clubs, com reformas nos prédios e até a possível restrição a se tornarem apenas restaurantes, o que não foi aceito. Os moradores argumentam que as construções estão em área de marinha e de preservação permanente.

Como não houve conciliação, o juiz da vara de Meio Ambiente da Justiça Federal, Marcelo Krás Borges, decidirá o futuro dos beach clubs. Ele tem como opção se basear em três laudos: do Ibama, do ICMBio e dos peritos convocados pela própria Justiça. Os documentos tratam da localização dos prédios sob o ponto de vista ambiental para dar a sentença.

Ainda não há previsão de quando a decisão será divulgada. O magistrado deu prazo de cinco dias para que os peritos respondam a questionamentos feitos pelos advogados do Grupo Habitasul. Em 10 dias autores e réu poderão ter acesso ao processo.

O trade turístico teme que a imagem de Florianópolis esteja sendo prejudicada pela disputa judicial e alerta que a cidade pode perder turistas já para o Réveillon para outros balneários, como Punta Del Leste, no Uruguai.

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