A audiência de instrução do caso que chocou a cidade de Penha, em dezembro do ano passado, que teve início às 15h20 horas desta terça-feira, terminou por volta das 18h30. Dez das 14 testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa foram ouvidas, mas o acusado, Luiz Carlos Flores, o Liquinha, que confessou ter matado quatro pessoas da própria família a marretadas, não foi ouvido.

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Nove testemunhas de acusação e apenas uma da defesa foram ouvidas. Isto porque uma das testemunhas de defesa foi dispensada pela advogada de Liquinha, Débora Salau do Nascimento, e outras duas não compareceram, porque não teriam sido encontradas para receber a intimação. Diante disso, a defesa solicitou que uma nova audiência seja realizada no próximo dia 29, para que estas testemunhas faltantes possam ser ouvidas, assim como o réu.

O pedido da defesa foi contestado pela promotoria, que alegou que a realização de uma nova audiência gera custos adicionais ao Estado, com o transporte do acusado, lembrando que a audiência, que deveria ter ocorrido na última terça-feira, já havia sido prorrogada, porque o juiz do caso sofreu um acidente de trânsito. Mas o juiz concordou com a realização de uma nova audiência.

O crime

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Conforme o inquérito policial, em 7 de dezembro de 2012, após usar cocaína, Liquinha convidou a mãe, Carmem Cunha Flores, 69 anos, para ir com ele até o pasto ver um bezerro recém-nascido.

Nos fundos do terreno, ele a golpeou na cabeça com uma marreta e deixou o corpo próximo a um ribeirão. Em seguida, voltou para casa, pegou um martelo e foi até o quarto da irmã, Leopoldina Carmem Flores, 41 anos. Assim que ela abriu a porta, ele partiu para cima dela e desferiu diversos golpes com o martelo, conforme o inquérito.

As batidas na porta e os gritos da mãe assustaram Pedro Henrique Flores, dez anos, que estava dormindo e começou a chorar. Liquinha então foi até o quarto do menino e também o matou a marteladas. Como o quarto do garoto ficava em frente ao do avô, Luiz Nilo Flores, 72 anos, Liquinha assassinou o pai perto da porta do cômodo.

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