O secretário de Estado de Segurança Pública, César Grubba, esteve na quinta-feira na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Ele apresentou aos deputados os planos do Governo do Estado para a área da segurança e destacou que o principal desafio da pasta é em relação ao efetivo nas forças policiais. Na ocasião, ele conversou com a reportagem do DC.

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A contratação dos 1.294 servidores agora em junho está mantida?

Nenhuma informação contrária a isso. Está mantido.

Como o senhor vê a ação em Joinville, onde o número de homicídios cresce? O que pensam para as próximas etapas?

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Joinville melhorou bastante. Fizemos ações contínuas integradas com a Polícia Civil, Polícia Militar, delegado Laurito Akira e sua equipe, novos comandantes da PM. Tem sido feitas inúmeras prisões e apreensões. Mas o resultado em Joinville vai aparecer no decorrer do ano. Você não consegue estancar essa criminalidade de um mês para o outro.

A Delegacia de Homicídios já está em ação?

Ela não está no prédio em que deveria estar funcionando. Mas o delegado Akira está fazendo as tratativas para fazer funcionar o mais rápido possível. Já era para ter acontecido, mas alguns entraves impediram.

Como resolver esse cálculo da entrada e saída de policiais? Tem como mexer na previdência para manter o profissional por mais tempo?

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Esse é um problema sério na segurança pública de Santa Catarina: a evasão dos efetivos dos policiais, principalmente da Polícia Militar e Polícia Civil. Do Bombeiro Militar também, na mesma proporção. Só para se ter uma ideia, na Polícia Militar há uma evasão para reserva remunerada de 600, 650, 700, 550 policiais por ano. Teríamos que incluir 600 policiais todos os anos para manter o número de policiais na atividade. Então temos que buscar meios e mecanismos para o Estado incentivar o policial a permanecer na atividade mesmo após completar o tempo de serviço para se aposentar.

E qual é a forma que vocês estão estudando?

Não sei. Tem uma equipe que está estudando isso, inclusive na Secretaria de Administração, para entender o que pode ser feito.

Insistiu-se bastante na sessão na renovação de prazos dos concursos para se contratar excedentes. Qual é a palavra final sobre isso?

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Vamos fazer um estudo junto à Procuradoria-Geral do Estado para verificar a possibilidade de fazer (a renovação). Não é questão de prorrogar o concurso dentro daquele número de vagas preenchidas no edital, mas sim dos remanescentes. Claro que para o Estado é mais vantajoso aproveitar os policiais sem fazer novo concurso, mas, se houver legalidade na prorrogação do concurso, mesmo que não seja efetivada a nomeação dele agora, ele pode ser nomeado no ano que vem se for o caso e não demanda a realização de um novo concurso, que, a gente sabe, é demorado.

Se isso não for possível vocês têm planos para um novo concurso?

Sim. Até porque se isso não for possível temos que preparar novos concursos, não só para a Polícia Militar, mas para a Polícia Civil, Bombeiros Militar e Instituto Geral de Perícias (IGP) também, porque até o processo terminar demora alguns meses.

Como vocês têm atuado contra as facções criminosas?

Há integração entre as polícias e o que tem se buscado fazer?Temos monitorado constantemente. Temos uma uma equipe de policiais da inteligência, Deic, da diretoria de inteligência, um grupo de monitoramento. Temos feito ações muito concretas e efetivas, inclusive para prender os elementos das organizações e também para prender quem está dentro do sistema prisional.

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