A Secretaria de Saúde confirmou nesta quarta-feira (10) o terceiro caso de dengue autóctone, contraída neste ano em Joinville. Desde janeiro, além dos três casos de dengue autóctone, o município registrou dois casos de dengue alóctones (contágio em outras localidades) e um indeterminado.
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O paciente que teve a doença confirmada nesta quarta-feira é um homem de 66 anos que mora na Zona Industrial Norte. Ele já recebeu atendimento médico e passa bem. Os outros dois casos foram confirmados, respectivamente, em 12 de março e 25 de fevereiro.
De acordo com a Prefeitura, hoje Joinville é o município catarinense com maior número de focos identificados do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus, febre chikungunya e febre amarela. São 1.003 focos confirmados.
Nicoli dos Anjos, coordenadora do Serviço de Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde de Joinville, aponta que os números representam sinal de alerta.
— 80% dos focos estão nas armadilhas, ou seja, estão controlados. Mas os outros 20% estão dentro das residências, em bromélias, calhas, potes, recipientes. Até agora, já tivemos três casos de dengue autóctone (transmitida dentro do município). O alerta continua sempre ligado, pois a qualquer momento pode haver epidemia — afirma Nicoli.
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De acordo com o Serviço de Vigilância Ambiental, os bairros mais críticos são o Boa Vista (196 focos), Itaum (103), Jarivatuba (81), Bucarein (82) e Fátima (74).
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Combate
Para combater a proliferação do mosquito, o Serviço de Vigilância Ambiental realiza ações intensivas junto à comunidade e ações intersetoriais com outros órgãos públicos e particulares.
Nas últimas duas semanas, durante os mutirões realizados com apoio do Exército foram visitadas mais de três mil residências que resultou na eliminação de grande quantidade de recipientes, potenciais focos do mosquito.
Também são realizadas ações em parceria com as secretarias de Educação (SED), Infraestrutura (Seinfra), Assistência Social (SAS), Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (Sama) e subprefeituras.
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Entre as medidas estão visitas diárias de campo para fazer a identificação e contenção dos focos; coleta de lixo descartado indevidamente em terrenos e vias públicas; recolhimento de pneus e encaminhamento para locais adequados (como o ecoponto disponível na Subprefeitura Leste); visitas às escolas para orientação e conscientização de crianças e adultos; monitoramento semanal de aproximadamente 1,5 mil armadilhas instaladas em comércios e residências, em todas as regiões do município.
Segundo Nicoli, a cooperação da comunidade continua sendo essencial para o combate dos focos do Aedes aegypti e a consequente prevenção de doenças que podem ser fatais.
— Mesmo com a chegada do outono, a situação permanece crítica. Com as temperaturas mais baixas, as larvas do mosquito não se desenvolvem tão rápido, mas é preciso sempre estar em estado de alerta —, orienta.