A terceira dose da vacina contra a Covid-19 já é aplicada em alguns países como por exemplo os Estados Unidos. No Brasil, parte da população precisará tomar uma terceira dose da vacina. A informação foi dada pela secretária de enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite Melo, no dia 16 de agosto. A terceira dose compreende as vacinas da Coronavac, Pfizer e AstraZeneca.

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Mas por quais motivos está sendo recomendada e aplicada uma possível terceira dose da vacina para combater o coronavírus? De acordo com especialistas, o avanço das variantes, como por exemplo a Delta, é um dos pontos de atenção para que o imunizante seja recebido pela população mais uma vez.

A variante Delta tem se espalhado rapidamente pelo território nacional com o relaxamento das medidas sanitárias preventivas que ajudam a conter o avanço e a propagação do vírus.

Por que a terceira dose é necessária

Segundo especialistas e infectologistas, a terceira dose da vacina contra a Covid-19 é necessária já que existe uma queda nos anticorpos neutralizantes, que contém o vírus e utilizado para mensurar a ação do sistema imunológico da população.

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As vacinas contra o coronavírus começaram a ser pensadas e estudadas ainda em 2020, com o objetivo de diminuir os casos graves da doença e conter a pandemia, sendo produzidas em tempo recorde.

Além disso, a terceira dose também está sendo posta em prática em alguns lugares devido ao avanço da variante Delta, que não estava prevista nas duas primeiras aplicações do imunizante.

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O que significa queda de anticorpos

A queda de anticorpos produzidos pelo organismo após receber a vacina contra a Covid-19 não acontece em todas as pessoas e em tese, não seria uma preocupação caso não houvesse a variante Delta circulando entre a população.

Essa possível queda na imunização é normal, principalmente em idosos, já que eles costumam ter uma pior resposta imunológica à vacina. Além deles, pessoas com doenças imunológicas ou pacientes oncológicos também costumam responder de forma diferente aos imunizantes em geral.

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Quando começou a se pensar em terceira dose?

A discussão sobre a necessidade de uma terceira dose contra a Covid-19 ganhou força nos últimos dias, depois que a Anvisa autorizou um estudo clínico no Brasil da AstraZeneca com 10 mil pessoas.

Estudos realizados pela Pfizer mostram que após a segunda dose da vacina, a eficácia é de 95 a 100%. No entanto, seis meses após a segunda dose, a proteção cairia para cerca de 86 a 90%. Ainda não há evidências conclusivas sobre a duração da imunidade contra a Covid de todos os imunizantes aplicados.

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Os estudos da terceira dose no Brasil

Os estudos da terceira dose da vacina contra a Covid-19 foram aprovados pela Anvisa em julho. Neste momento, apenas os imunizantes da AstraZeneca e Pfizer entraram na lista para serem aplicados na população mais uma vez. Veja como estão os estudos para a terceira dose das vacinas contra o coronavírus no país.

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Pfizer

O estudo da Pfizer investiga os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose de reforço da vacina. O imunizante extra deve ser aplicado em pessoas que tomaram as duas doses completas há pelo menos seis meses.

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AstraZeneca (nova versão)

A farmacêutica AstraZeneca desenvolveu uma nova versão do imunizante que é aplicado no país, buscando proteção contra a variante beta. Parte do ensaio clínico prevê que uma dose da nova versão da vacina (AZD2816) seja aplicada em pessoas que receberam as duas doses da versão atual da AstraZeneca (AZD1222).

AstraZeneca (usada no país)

Já os estudos da versão atual da Astrazeneca que é aplicada no país avaliam a segurança, a eficácia e a imunogenicidade de uma terceira dose da versão original em participantes do estudo inicial que já haviam recebido as duas doses do imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações.

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CoronaVac

O estudo da CoronaVac será feito em grupos divididos em quatro: 25% vão receber como terceira dose a vacina da Pfizer, 25% da AstraZeneca, 25% da Janssen e 25% da CoronaVac. O objetivo é saber se a terceira dose vai aumentar o número de anticorpos. Os pesquisadores também vão avaliar a segurança dessa terceira dose, possíveis reações, como febre e dor, já que serão testadas vacinas diferentes em cada grupo.

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