Os tenistas que estão disputando o ENGIE Open, que acontece entre os dias 1 a 7 de abril em Florianópolis (SC), vão receber uma premiação em dólar, já que os torneios são internacionais. Dessa forma, os atletas brasileiros têm acesso a melhores remunerações, que, posteriormente, poderão ser revertidas no aperfeiçoamento de suas carreiras. 

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Essa é a segunda vez que o evento, reconhecido como um dos principais torneios do Brasil, desembarca na capital catarinense. Com as disputas de ATP Challenger 75 e ITF W75, o evento acontece na Lagoa da Conceição, e tem gerado impactos significativos dentro e fora da modalidade. Os setores envolvidos também têm sido movimentados pelo impacto econômico do ENGIE Open, e segundo a organização, mais de 1.000 empregos foram gerados devido a ele.

A locomoção, hotelaria e alimentação são os setores mais movimentados. Já entre os tenistas que vencerem o evento, o ENGIE Open distribuirá um total de US$ 142 mil — cerca de R$ 718 mil na cotação atual — em prêmios, além de 75 pontos para o ranking. 

Torneios no Brasil geram retorno financeiro

Através da estratégia da CBT de ter uma agenda completa de eventos no Brasil, mas com pagamento em dólar, os tenistas garantem uma vantagem significativa para participar de competições nacionais. Por estarem competindo “em casa”, os atletas não precisam arcar com os altos custos de deslocamento para o exterior, mas podem usufruir integralmente da premiação na moeda estrangeira — que, dependendo da cotação, pode valer até 5x a mais que o real. 

Ter dólar em mãos permite aos atletas maiores possibilidades para investir nas próprias carreiras esportivas — seja para participar de torneios internacionais, pagar treinadores ou arcar com despesas da profissão. Ainda, por ser um prêmio mais atrativo, há uma valorização de estímulo do desenvolvimento esportivo no país. 

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É o que explica Carol Meligeni, a tenista número 3 do Brasil, que está participando do ENGIE Open. Segundo ela, o pagamento em dólar facilita arcar com os custos de transporte, gastos relacionados à participação, e a possibilidade de ter uma equipe mais completa engajada na competição.

— Poder estar presente em torneios é fundamental para nós, mas, os gastos são questões muito importantes. Poder jogar perto de casa, gastar em real e ganhar em dólar, faz toda a diferença. Mas, uma grande vantagem de jogar no Brasil é a possibilidade de ter a equipe perto. Essa semana, eu viajei com o meu treinador, fisioterapeuta e treinador físico, o que faz a diferença para a recuperação, para a visão do que está acontecendo na quadra e para continuar evoluindo — comenta a atleta, que acredita nas competições nacionais como uma medida para que os tenistas brasileiros se destaquem nas competições mundiais. 

Já o tenista Orlando Luz, uma das promessas do esporte no Brasil, afirma que jogar próximo de casa é essencial para estar próximo da família e da equipe, o que é algo mais desafiador em partidas internacionais. Durante o ENGIE Open, ele venceu contra o principal favorito do evento, Thiago Monteiro.

— Quando eu vou para a Europa, passo quatro ou cinco meses sem treinador. Por isso, sempre que eu tenho a oportunidade de estar no Brasil, consigo disputar com a presença do meu treinador. Com torneios acontecendo em território nacional, cada vez mais brasileiros conseguirão se consolidar no ranking — destaca Orlando. 

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Aprimoramento do tênis

Ao oferecer torneios em solo nacional com o pagamento em dólar, a CBT está contribuindo para elevar o nível da competição e aumentar a visibilidade do esporte no país. Como resultado, acontece o desenvolvimento do tênis nacional, permitindo que os atletas se desenvolvam com rapidez e facilidade.

— Criar e gerar oportunidades sempre foi uma das nossas preocupações. Ter um grande calendário é um projeto que faz parte do Programa de Desenvolvimento do Tênis Brasileiro. Em 2024, temos o maior calendário em premiações da história na modalidade, que soma R$ 8 milhões em premiação — comenta o presidente  da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Rafael Westrupp.

Além do benefício de ganhar em dólar e gastar em real, os tenistas podem aproveitar os torneios nacionais para ganhar pontos no ranking mundial. O impacto minimiza o custo dos tenistas e permite que mais brasileiros participem dos eventos, o que resulta em indicadores favoráveis para o tênis brasileiro.

Para saber mais, acesse o site da Confederação Brasileira de Tênis.