Os atletas brasileiros do tênis em cadeira de rodas Daniel Rodrigues, Leandro Pena e o catarinense Ymanitu Silva chegaram seguros ao Brasil, depois dos ataques do Hamas em Israel. Eles ficaram presos no aeroporto de Tel Aviv por 33 horas durante os bombardeios, que já deixaram mais de 1,8 mil mortos. O desembarque deles em Guarulhos aconteceu na manhã desta terça-feira.
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– O sentimento de quando eu estava lá foi de agonia e até achei que não fôssemos conseguir sobreviver. Agora, o clima é de alegria pelo retorno ao nosso país e o que nos resta é pedir orações para as pessoas que estão lá, para que tudo termine bem – contou Rodrigues.
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Os atletas pousaram em Tel Aviv no sábado (7), para disputar o Israel Open, em Ramat Hasaron. Os ataques no país começaram poucas horas depois, e eles logo precisaram voltar ao aeroporto e se esconderam num bunker.
Só no domingo (8) conseguiram embarcar para a Tailândia. De lá, novo voo para Doha, no Catar, e, finalmente pegaram um avião com destino ao Brasil, na segunda-feira (9). Ymanitu, atleta da academia ADK, de Itajaí, desembarcou em Florianópolis por volta das 17h30 desta terça, recepcionado pela esposa Thaise Orsi.
– No momento só quero ver a minha família e nunca mais passar por aquela sensação horrível de terrorismo. Não sabíamos o que aconteceria e fomos para um abrigo antiaéreo dentro do aeroporto, torcendo para ficarmos bem. É bom voltar e que Deus proteja a todos – disse Silva.
Durante os três dias de muito medo e tensão durante os ataques em Israel, eles receberam apoio da equipe da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), que ajudou com as passagens e esteve em contato constante com os atletas.
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– Assim que recebemos o primeiro contato dos nossos atletas, imediatamente iniciamos uma força tarefa para trazê-los de volta e em segurança. Gostaria de agradecer o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em nome do presidente Mizael Conrado, do Ministério do Esporte e também da Embaixada do Brasil em Tel Aviv, que acompanharam todo esse processo – relatou o presidente da CBT, Rafael Westrupp.
*Lia Capella é estagiária sob a supervisão de Diogo Maçaneiro
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